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Manhã de terça (17) é marcada por protestos com bloqueio de vias na Grande Ilha

Motoristas enfrentaram sério transtorno na MA-201 – agora denominada Caminho de São José de Ribamar

À esquerda, motoristas são obrigados a dar meia volta diante de protesto na MA-201; à direita, trabahadores bloqueiam a Rua da Secretaria, na Maiobinha. Créditos - Redes sociais/Reprodução

Por volta das 10h da manhã desta terça (17), teve fim um protesto que bloqueou a MA-201 – agora denominada Caminho de São José de Ribamar – próximo à entrada da Vila José Silva.

Segundo informações da polícia, cerca de 30 manifestantes – indígenas – se reuniram no local e o interditaram com queima de pneus e galhos. Eles foram motivados pela atual discussão sobre o Marco Temporal.

Créditos – Redes sociais/Reprodução

A interdição teve início por volta das 6h da manhã de hoje (17), e terminou por volta das 10h. Devido à queima dos pneus, o Corpo de Bombeiros precisou ir ao local. De acordo com a polícia, a manifestação terminou de forma pacífica.

O bloqueio provocou sério transtorno na via, onde os motoristas foram obrigados a dar meia volta.

Uma outra manifestação interditou a Rua da Secretaria, na região da Maiobinha. Nessa ocorrência, trabalhadores de uma construtora bloquearam a via para chamar a atenção da empresa sobre salários atrasados. A Polícia Militar também esteve no local.

O que é o Marco Temporal?

A questão do Marco Temporal define que apenas terras indígenas ocupadas na época da promulgação da Constituição de 1988 podem ser demarcadas. Essa decisão tem sido fortemente contestada por organizações indígenas e defensores dos direitos humanos, que argumentam que muitas comunidades foram expulsas de suas terras antes dessa data.

Em uma cerimônia simbólica no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aproveitou o evento para criticar a recente decisão do Congresso Nacional sobre o Marco Temporal.

Lula destacou a necessidade de vetar essa medida, considerando-a um “atentado aos povos indígenas”. Ele expressou sua surpresa com a decisão do Congresso em derrubar seu veto, apontando a falta de compromisso da maioria dos congressistas com as causas indígenas.

Ao vetar o Marco Temporal, Lula explicou que sua decisão foi baseada em um compromisso com a justiça e os direitos dos povos indígenas. Ele lembrou que a tarefa de governar muitas vezes envolve desafios inesperados e que a defesa dos direitos das minorias é uma dessas batalhas.

No discurso, Lula afirmou que, ao veto, não esperava que o Congresso tivesse coragem de derrubá-lo, mas que isso aconteceu devido aos interesses predominantes de grandes fazendas e propriedades rurais.

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