CRATERAS

Governo Federal repassa mais de R$ 32 milhões para Buriticupu, no Maranhão

A cidade registrou 26 crateras, algumas com 600 metros de extensão e 70 metros de profundidade, caracterizando o fenômeno voçoroca, quando fendas desse tipo alcançam o lençol freático

Foto: Nelson Almeida | AFP

Mais de 32 milhões de reais foram empenhados, nesta quarta-feira, 14 de agosto, para ações de defesa civil no município de Buriticupu, no Maranhão.

Waldez Góes, ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, assinou o empenho do repasse.

A cidade registrou 26 crateras, algumas com 600 metros de extensão e 70 metros de profundidade, caracterizando o fenômeno voçoroca, quando fendas desse tipo alcançam o lençol freático.

O recurso vai ajudar em projetos e obras emergenciais de drenagem.

João Carlos, prefeito de Buriticupu, agradeceu o apoio do Governo Federal.

“A cidade ficou conhecida internacionalmente por conta das voçorocas, que atingiram nossa cidade. Um risco de desocupação em massa de vários bairros atingidos por 27 voçorocas. Hoje, temos o prazer, através do ministro Waldez e do presidente Lula, de assinar esse convênio de R$ 32 milhões, que vai trazer comodidade e segurança para quatro bairros da cidade”

O problema em Buriticupu

Localizada em uma região de terreno frágil, de grande altitude, e com histórico de falta de infraestrutura e planejamento urbano, a cidade de Buriticupu registra há 30 anos o crescimento de pelo menos 26 precipícios que ameaçam, atualmente, a vida de 55 mil moradores. Sete pessoas já morreram em acidentes envolvendo as voçorocas, segundo a associação de moradores.

Buriticupu fica no topo de uma região com cerca de 200 metros de altitude, cercada de vales. O solo da região tem presença predominante de areia, silte e argila, com pouca porosidade. E, com o avanço do desmatamento, o solo fica ainda mais suscetível ao surgimento das crateras.

Até julho passado, cerca de 70 casas já tinham sido engolidas pelos buracos e, sem obras de contenção, alguns chegam a 600 metros de extensão e 80 de profundidade.

A cidade, agora conhecida nacionalmente pelas gigantes crateras, recebe o nome do principal rio que a atravessa: o Rio Buriticupu.

Segundo moradores antigos, os indígenas Guajajara batizaram o manancial devido à abundância de buriti no leito e cupuaçu nas margens. Ou seja, uma junção dos dois nomes.

*Do Brasil 61

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