MICROPIGMENTAÇÃO

Outubro Rosa: 500 mulheres tiveram a autoestima resgatada

O projeto é feito de forma gratuita, em parceria com o Hospital Aldenora Belo.

Jefferson Belfort é biomédico especializado em micropigmentação. (Foto: Divulgação)

Com uma técnica de micropigmentação, o trabalho realizado pelo biomédico Jefferson Belfort já resgatou a autoestima de centenas de mulheres que tiveram câncer e passaram por mastectomia. O projeto “Ame”, criado há 9 anos pelo biomédico e micropigmentador, existe para reconstituir a aréola em pacientes mastectomizadas, de todo o Brasil. Somente neste ano, mais de 60 mulheres já passaram pelas mãos do biomédico.

“Eu comecei a perceber que todas as mulheres que tinham câncer de mama, tinham o complexo areolar removido por conta da cirurgia, e pelo menos 99% delas perdem toda a aréola. Pelos depoimentos, por tudo que estava acontecendo psicologicamente com elas, de não conseguir se olhar no espelho, acabou me motivando a criar o projeto”, disse o biomédico.

O projeto é gratuito e disponível para todo o Brasil, em parceria com o Hospital Aldenora Belo e outros médicos, para mulheres que tiveram câncer de mama. São necessárias pelo menos 6 sessões para finalizar o procedimento. Uma sessão por mês.

Para ter acesso, as mulheres podem procurar diretamente Jefferson Belfort, pela rede social dele no Instagram (@drjeffersonbelfort), ou ser indicada pelo corpo médico do Hospital Aldenora Belo. Porém, ele ressalta que não atende apenas paciente do Aldenora Belo.

4 mulheres são atendidas por semana

Em nove anos, mais de 500 mulheres já tiveram sua autoestima resgatada. São pelo menos 4 mulheres atendidas por semana.  

O projeto acontece durante todo o ano, não apenas no mês de outubro, em função da campanha Outubro Rosa. O trabalho dele é voluntário. Antes ele trabalhava apenas com micro de aréola, agora trabalha com todo tipo de estética. 

Segundo o biomédico, a ação contribui para a qualidade de vida das pacientes que já passaram por situações difíceis, como a descoberta da doença, a cirurgia, todo o tratamento. 

(Foto: Divulgação)

“Para mim a micropigmentação paramédica não se trata apenas de reconstruir a aréola, mas de entender o caminho pelo qual aquela mulher já passou. 100% das mulheres se acham completas depois do procedimento. Quando estou fazendo o procedimento, elas já começam a ter a noção de como a mama vai ficar. Ao final, elas choram ao ver que, como elas dizem ‘estão completas’. 

Nos emocionamos juntos, não tem como não se emocionar, disse Jefferson.

O processo

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Mastologia, uma em cada cinco mulheres que se submetem a uma mastectomia (retirada da mama) por câncer de mama, perdem sua aréola e mamilo. 

Apesar de em alguns casos, não ser possível preservar a aréola e o mamilo durante a mastectomia, ainda existem possibilidades de reconstruí-los após. A micropigmentação de aréola e mamilos é uma etapa importante da reconstrução mamária. 

O objetivo é fazer com que a paciente apresente uma mama visivelmente normal, o que é determinante para maior satisfação com o corpo, autoestima e confiança. A reconstrução do mamilo é feita, normalmente, depois que a mama reconstruída cicatriza. 

A micropigmentação é bastante usada para aumentar os lábios, minimizar marcas de vitiligo estacionária, realçar as sobrancelhas e reparar queimaduras na pele. Além disso, disfarça as cicatrizes de modo que a pele fique mais próxima da sua cor natural. 

O processo segue os mesmos métodos das tatuagens. Geralmente, o efeito da micropigmentação tem a duração de um ano.

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