LUTA POR DIREITOS

Ocupação de estudantes no prédio da reitoria da UFMA chega ao sétimo dia

Após uma semana de ocupação, os estudantes relatam que ainda não houve uma tentativa de diálogo para tentar buscar resolução das pautas apresentadas pelo corpo discente.

A manifestação começou após moradores da residência universitária denunciarem a situação precária do local. (Foto: Vitor Ameida)

Chegando ao sétimo dia nesta quinta-feira, dia 5 de outubro, a ocupação de estudantes no prédio de reitoria da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), no Campus Bacanga, em São Luís, segue no intuito de chamar atenção para uma série de questões envolvendo infraestrutura, mobilidade, acessibilidade e visibilidade para demandas exigidas por alunos da instituição de ensino.

Os estudantes estão revezando entre si para manter o local ocupado e dar suporte à manifestação, iniciada com queixas vindas de moradores da residência universitária, local que abriga estudantes em vulnerabilidade socioeconômica oriundos de outros municípios, estados e/ou países. Com o passar dos dias, outras pautas foram trazidas pelos manifestantes e ganharam voz na ocupação.

Para quem tem a casa universitária como única possibilidade de moradia, dificuldades com a manutenção do lugar tem gerado grandes transtornos. Isso porque as verbas que deveriam ser direcionadas ao local não dão conta das despesas, o que pode prejudicar a permanência de estudantes na universidade, já que sozinhos eles não podem arcar com os custos habitacionais.

Outros assuntos que afetam diretamente a vida acadêmica, como os horários reduzidos para alimentação e a quantidade insuficiente de comida oferecida no restaurante universitário, por exemplo, também estão sendo discutidos. Para além, a superlotação de ônibus da linha Campus 311 que recentemente foi dividida em dois trajetos, o reajuste de bolsas de pesquisa, ausência de infraestrutura nos prédios, banheiros em estado precário, e falta de suporte para necessidades específicas foram pontos listados.

De acordo com os estudantes, a reitoria da UFMA ainda não entrou em contato com eles para debater e entrar em acordo sobre as questões pautadas na manifestação. Um dos ocupantes informou que, por diversas vezes, eles foram surpreendidos por seguranças atrapalhando o momento de sono e houve interferências durante as reuniões no local. Ainda segundo o relato, eles foram trancados no prédio por cerca de uma hora e as reclamações não param por aí. Nas redes sociais, uma internauta publicou a imagem de um segurança tentando quebrar uma corrente do portão.

Segurança tenta quebrar corrente de portão. (Foto: Reprodução/Twitter)

O estudante de jornalismo e atuante no Diretório Acadêmico do curso de Comunicação Social (DACOM), André Moreno, disse que foi feita pelos estudantes, em assembleia, uma carta compromisso e é esperado que o reitor da UFMA, Natalino Salgado, assine a carta se comprometendo a atender às demandas exigidas.

Foi relatado ainda pelo membro do DACOM que a ocupação não deve cessar até que haja um acordo. “Os próximos passos, é claro, continuar a ocupação até que os objetivos sejam alcançados e expandir para uma luta mais geral dos estudantes. A gente identifica que esse é o momento exato para elevar o nível da luta e das ações junto aos estudantes“, diz André.

Através de uma nota pública, a UFMA informou que mantém contato com o movimento estudantil e está a disposição para resolver os problemas apresentados, confira:

“A Gestão Superior da UMA informa à comunidade em geral que mantém diálogo aberto com o movimento estudantil e está à disposição para ouvir os pleitos do segmento. Os problemas reivindicados em manifestação já foram discutidos em reunião e os encaminhamentos para resolução já foram pactuados em caráter emergencial”.

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