CASO VIGILANTE

Morte de cão “Vigilante” causa comoção e revolta em São Luís

Imagens do cachorro circularam pelas redes sociais e ele ficou conhecido por um suposto caso de abandono, no entanto a história se mostrou diferente.

O cachorro foi internado após o atropelamento. (Foto: Reprodução)

Uma segunda-feira que não começou nem terminou bem para o cachorro Vigilante. Naquele dia, poderia ser mais uma corrida, dentre tantas outras que ele deve ter feito ao longo de sua vida, mas o final não foi feliz. Depois de percorrer as ruas de São Luís atrás de uma vizinha que tinha saído de carona em um carro, o cachorro foi atropelado. Machucado, fugiu, se escondeu, até ser encontrado e levado para atendimentos médicos. Mas à noite, infelizmente o cachorro teve uma parada cardíaca e faleceu.

O vídeo do cachorro correndo atrás do carro em que estava a vizinha, viralizou nas redes sociais. E até ser descoberto que ele tinha uma dona, e não era cachorro de rua, não havia sido abandonado, muitas histórias e versões surgiram na Internet.

Fato é que, resgatado por voluntários e pessoas que administram o perfil Sensacionalista, na rede social Instagram, Vigilante foi levado para atendimentos médicos na clínica Dok Hospital Veterinário. “O nome do cachorro do vídeo que viralizou hoje em São Luís é Vigilante, a dona Domingas Noemia de 68 anos, moradora do bairro Ipase, é a real dona dele. O Vigilante todas as manhãs sai para a rua e depois volta para casa no bairro do Ipase, mas hoje ele seguiu uma vizinha até a parada de ônibus que ia pegar uma carona no carro que vimos no vídeo e seguindo o carro aconteceu o acidente com o animal”, escreveu o Sensacionalista SLZ.

Já na clínica, ele foi diagnosticado com pneumatórax grave, lesões nas patas, cabeça e abdômen, mas nada grave. Porém, à noite, por volta de 22h, o quadro dele piorou, apresentando bastante dificuldade respiratória e diarréia com presença de muita verminose.

Na madrugada ele morreu. “Diagnosticado com pneumatórax grave, contusão pulmonar, corpo estranho em estômago, mucosas pálidas, e apresentando muita dificuldade respiratória. Durante a madrugada houve piora no quadro clínico mesmo passando por várias drenagens no tórax. Começou a expelir muitos vermes e episódios repetidos. O Vigilante foi assistido pela equipe com todo suporte medicamentoso, porém entrou em parada cardiorrespiratória e mesmo havendo vários ciclos (procedimento para reanimação), não houve sucesso”, informou a clínica Dok Hospital Veterinário, em comunicado.

Pelas redes sociais, muita comoção pela infelicidade do cachorro, mas também indignação pelo estado de saúde do cachorro quando deu entrada na clínica. “Que notícia mais triste. Depois do resgate eu jamais cogitaria esse final. Que o Vigilante descanse em paz e sem sofrimento agora. E que a triste história dele, como a de  tantos outros, sirva de lição. Primeiro de tudo, só adotem um animal se tiverem condições de fornecer a eles os cuidados e amor que eles necessitam. Não abandonem, não sejam omissos, não os deixe ter acesso à rua. Ter um animal é ser responsável por uma vida!”, disse Kryshna Hayzza.

“Absurdo isso!!! Revoltante!!! Agora a vida do animal vai ficar por isso mesmo ? Muita irresponsável essa tutora!!! Aqui em São Luís é uma tortura a causa animal. Foi abandono sim. Crime também. A Constituição me permite falar !!! Não concordo com a teoria da delegacia. Mas enfim, a vida do animal se foi que realmente era o que importava!”, disse a advogada Michela Moreira.

“Minha avó está arrasada”

Segundo Carlos César de Jesus, neto de dona Domingas, ela está muito mal com a partida do Vigilante. César disse que ele foi resgatado da rua ainda pequeno, e tinha 8 meses. Nesse tempo que ficou com dona Domingas, era o xodó. “Minha avó está muito triste. Ela tem problemas de saúde e ontem mesmo (dia que ele foi atropelado) ela queria trazer o Vigilante para casa. Estava ansiosa pela volta dele.  Aí quando a gente deu a notícia ela ficou muito mal. Estamos todos muitos mal em casa”, disse.

Carlos tem ciência do que está saindo nas redes sociais, dos comentários sobre a falta de cuidados com o Vigilante, da saúde dele em si. Ele diz que a família está abalada. Que eles são simples, mas sempre cuidaram do cachorro como puderam. “Não faltava comida, amor e carinho. Minha avó ama os animais. E esse, em especial. O Vigilante e outro cachorro que moravam perto eram acostumados a sair, brincar, mas depois voltavam. E desta vez não foi assim, infelizmente”, disse Carlos.

Quanto aos cuidados que se deve ter com vacinação e remédios para verme, dentre outros, Carlos disse apenas que o Vigilante era vacinado.

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