MINISTÉRIO PÚBLICO

Prefeitura de São Luís é acionada para regularizar 40 ônibus escolares parados

O Ministério Público do Maranhão decretou prazo de 45 dias para a prefeitura concluir um processo de licitação para contratação de serviço.

Não houve comprovação de urgência ou emergência que justificasse a contratação sem procedimento licitatório. (Foto: Honório Moreira / O Imparcial)

A 2ª Promotoria de Justiça Especializada na Defesa da Educação de São Luís ingressou com uma Ação Civil Pública contra o Município de São Luís e o Estado do Maranhão. O documento busca garantir a regularização do transporte escolar oferecido aos alunos da rede municipal de ensino da capital.

O Ministério Público do Maranhão solicitou que a Prefeitura de São Luís realizasse e concluísse, no prazo de 45 dias, o processo licitatório para contratar empresa responsável por prestar os serviços de transporte escolar.

Foi requerido também a fixação de rotas para a utilização dos quarenta ônibus parados nas garagens do Município, bem como sistema de pessoas e manuseio dos referidos ônibus, com motoristas e monitores.

Além disso, a Promotoria também requer liminar para que a Prefeitura preste uma série de informações sobre o sistema de transporte escolar. Estão sendo cobrados o contrato firmado com a empresa Sousa Campelo Transportes Ltda. para o transporte de alunos da rede pública municipal; e comprovantes de liquidação das despesas de transporte escolar em favor da empresa Transporte Premium Ltda.

Foram solicitados, ainda, a comprovação de que os recursos do Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (PNATE) referente ao transporte escolar no ensino fundamental estão sendo aplicados devidamente.

Transporte escolar

Em abril de 2022, consta no Diário Oficial do Município a contratação emergencial da empresa Transporte Premium, no valor de R$ 7.797.440,70, por 180 dias de fornecimento de ônibus e motoristas. A mesma empresa já teria recebido, em 2019 e 2020, R$ 11.293.800,00. Em 2018, o custo do transporte escolar pago pela Prefeitura de São Luís teria sido superior a R$ 23 milhões.

“Em 2020, o Município de São Luís não prestou contas para o PNADE sobre os recursos do transporte escolar. Toda a situação relatada implica em uma total falta de transparência na gestão pública, em relação aos recursos, veículos e profissionais contratados para prestação dos serviços de transporte escolar”, aponta o autor da Ação.

Veículos parados

Nas últimas semanas foi divulgada a existência de 40 ônibus recebidos do Programa Caminho da Escola, do Fundo Nacional de Defesa da Educação (FNDE), que estariam parados em uma garagem da Prefeitura de São Luís.

De acordo com a gestão municipal, os veículos aguardariam regularização perante o Detran-MA, o que foi desmentido pelo órgão de trânsito.

Ao mesmo tempo, há duas contratações, sem licitação, vigentes para transporte escolar em São Luís e não há inspeções para fiscalizar a qualidade e a observância dos critérios de segurança pelos veículos. Não houve comprovação de urgência ou emergência que justificasse a contratação sem procedimento licitatório.

* Com informações do Ministério Público do Maranhão

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