GRANDE ILHA

Quase 1.000 raios em menos de 3 meses na Grande São Luís

O período chuvoso traz uma maior incidência de raios e os acidentes podem causar vários problemas.

O território maranhense costuma registrar uma média de 52 raios por km² ao longo do ano. (Foto: Reprodução)

No último dia 26, um adolescente de 16 anos morreu na zona rural do município de Chapadinha atingido por um raio, enquanto jogava bola em um campo com amigos. De acordo com testemunhas, o jovem se chamava Luís Louredo teve várias queimaduras e morreu no local. Havia outras pessoas jogando, mas apenas Luís foi atingido.

O período chuvoso traz uma maior incidência de raios e os acidentes podem causar vários problemas, inclusive com morte, como o ocorrido acima. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o território maranhense costuma registrar uma média de 52 raios por km² ao longo do ano, enquanto São Luís registra em torno de 15 raios por km².

De acordo com o Laboratório de Meteorologia do NUGEO, na Universidade Estadual do Maranhão, até o dia 27 de março às 10h, foi de 174 a  quantidade de descargas atmosféricas ocorridas em São Luís tipo Nuvem-Solo, que TIPO NUVEM-SOLO*, que é uma das classificações de raios, com relação a sua trajetória.

Segundo o LabMet, esse tipo de raio é aquele que alcança o solo vindo de uma nuvem Cumulonimbus. É o tipo de descarga que apresenta o maior risco à vida e aos bens materiais. Na capital, o mês de fevereiro foi o que teve maior incidência, com 317, e o mês de janeiro, 207.

Ao todo, nos municípios da Grande Ilha, foram, até então, 214 raios neste mês de março. Com menor incidência estão Raposa, com 36 desde o início do ano; Paço do Lumiar, com 114; e São José de Ribamar, com 146.

Dados do detector de descargas atmosféricas

Desde o início do ano até o dia 27 de março, foram detectados 994 raios na Grande Ilha. “Esses dados foram coletados pelo detector de descargas atmosféricas localizado no Laboratório de Meteorologia do NUGEO, na Universidade Estadual do Maranhão em São Luís.

Esta estação de detecção de raios, assim como, os instalados em Turiaçu, Barreirinhas e Pedreiras, fazem parte de uma parceria entre a Simtech Representações Ltda e a UEMA, onde a SIMTECH é a representante exclusiva no Brasil da Earth Networks (EN)”, informou  Gunter de Azevedo Reschke, Chefe do Laboratório de Meteorologia da (UEMA).

De acordo com Gunter, foi em julho de 2020, já no final do período chuvoso que começaram a  ser coletadas as descargas atmosféricas. Por isso, não há ainda como fazer análise climatológica. ”Para fazer uma climatologia da distribuição de raios ao longo do período chuvoso precisaremos de uma série histórica de no mínimo 10 anos para esse comparativo”, disse.

Raios registrados na Ilha

São Luís
Janeiro – 207
Fevereiro – 317
Março – 174

São José de Ribamar
Janeiro – 67
Fevereiro – 44
Março – 35

Paço do Lumiar
Janeiro – 78
Fevereiro – 31
Março – 5

Raposa
Janeiro – 28
Fevereiro – 8
Março – 0

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