Regularização fundiária inexistente, transporte público deficitário, falta de escolas e creches, postos de saúde sem remédios, consultas médicas realizadas em dez minutos, ausência de acessibilidade.

Estas são dificuldades que líderes comunitários informaram aos promotores de justiça distritais no último sábado (10), na sexta edição do Programa de Capacitação de Lideranças Comunitárias de São Luís.

Encontro foi promovido pela Secretaria Extraordinária Municipal de Governança Solidária e Orçamento Participativo (SEMGOP), no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil, no bairro do calhau.

Presentes ao evento os promotores de justiça distritais Francisco Teomário Serejo Silva, do polo Cohatrac, Joaquim Júnior, do polo Cidade Operária e Marco Aurélio Ramos Fonseca, do polo Centro.

O secretário da SEMGOP, Pavão Filho, destacou o tema do evento “Exercício da Cidadania”, com similaridade dos eixos da secretaria que passam pelo mapeamento da cidade, orçamento participativo e conselho municipal.

Além disso, ele parabenizou aos promotores por serem palestrantes do evento.

Tendo como base o tema do encontro, o promotor Teomário Serejo fez uma palestra refletindo com as lideranças sobre a condição do cidadão de ser membro de uma nação, do exercício dos direitos e deveres civis, políticos e sociais estabelecidos na ordem jurídica de um país, na emancipação do indivíduo e da coletividade.

O papel das lideranças comunitárias nos bairros para o Ministério Público foi destacada pelo promotor Marco Aurélio Ramos Fonseca por ser multiplicadores da informação recebida, assim como levarão as promotorias a dificuldade de cada local para que possa atuar.

“Se as empresas de ônibus que operam na área Itaqui Bacanga não entram nas ruas dos bairros temos que identificar qual o problema. Não é justo o cidadão andar até a entrada do bairro pagando uma passagem cara”, exemplificou Marco Aurélio Ramos Fonseca

Voz do cidadão

A presidente do Clube de mães do Coroado, Neliree Soares Silva Costa, aprovou a criação das promotorias distritais para garantir as necessidades das comunidades.

“Os governantes constroem obras que não são as de maior necessidade daquele local, simplesmente porque não ouvem o cidadão”, desabafou.

Diante dos problemas relatados, o promotor Joaquim Júnior propôs a viabilidade do Ministério Público promover curso para as lideranças comunitárias.

Ele afirmou que por meio do estudo, a pessoa evolui como cidadão como reza a Constituição. “Um povo organizado sabe dos seus direitos se tornando imbatível”,garantiu.

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