Pais pedem Plano de Segurança nas escolas do Maranhão
A Associação de Pais e Alunos de Instituições de Ensino do Estado do Maranhão (ASPAS) publicou uma carta aberta, pedindo um Plano de Segurança das escolas.
Mais uma vez o Brasil fica perplexo diante de um ato de violência praticado em ambiente escolar. No último dia 25, um ataque a duas escolas deixou quatro mortos e outros 12 feridos em Aracruz (ES).
A investigação apontou que o ataque foi planejado por dois anos e que o criminoso usou duas armas do pai, um policial militar. O assassino tem 16 anos e estudou até junho no colégio estadual atacado, segundo o governador do estado, Renato Casagrande (PSB).
A Associação de Pais e Alunos de Instituições de Ensino do Estado do Maranhão – ASPA/MA, diante dessa tragédia, publicou uma carta aberta, pedindo um Plano de Segurança das escolas. No ano passado, também foi feito esse pedido, depois das tragédias nas escolas de Realengo – RJ e de Janaúba – MG.
“Em todos os casos os criminosos adentraram, sem dificuldades, a porta de entrada da escola, para cometer as chacinas, ceifando as vidas de alunos e professores, chocando e trazendo temor a sociedade brasileira. Estas situações trazem um sinal de alerta e uma pergunta que não quer calar: Seriam as nossas escolas preparadas para proteger estudantes, professores de situações de riscos? Sabemos que vivemos novos tempos, mas muitas escolas ainda estão presas a modelos do passado e as autoridades do nosso Estado ainda não abriram os olhos para os riscos iminentes de sermos os próximos a enfrentar uma tragédia. Não se pode conceber que pessoas tenham acesso o interior das escolas sem se identificarem, precisamos ter estratégias para garantir identificação de todas as pessoas que entram nas escolas e garantir a segurança daquelas que lá estudam ou trabalham”, diz a carta assinada por Rodrigo Guará Nunes, Presidente da ASPA/MA.
A carta é um alerta e um pedido de ajuda às autoridades do estado, para que o Maranhão siga o exemplo de outros, como São Paulo e Pará, na elaboração, regulamentação e obrigatoriedade de um Plano de Segurança Escolar que possa contemplar os diversos riscos e apontar medidas a serem adotadas em caso de ameaça ou violência.
“Devemos garantir que todas as escolas brasileiras tenham porteiros e dispositivos de segurança para identificar todas as pessoas que entram e que saem da escola. Ademais, assim como a Proposta Pedagógica das escolas é documento obrigatório para autorização de seu funcionamento, os conselhos municipais e estaduais de educação poderiam também exigir o Plano de Segurança como documento obrigatório para funcionamento das escolas. Desta forma, esta Associação de Pais conclama todas as autoridades do nosso Estado e a comunidade escolar como um todo (pais, estudantes, escolas e professores) a iniciarem esse projeto de regulamentação e da obrigatoriedade do Plano de Segurança Escolar, evitando perdas irreparáveis”, pede o documento, que será enviado às autoridades públicas.