A Prefeitura de São Luís, por meio do Instituto Municipal da Paisagem Urbana (IMPUR) e a Fundação Municipal de Patrimônio Histórico (FUMPH), entrega nesta terça-feira (27), às 17h00, na Praça do Pantheon, os 18 bustos de personalidades maranhenses das artes e das letras que passaram por obra de conservação e também a instalação de 6 novos bustos.

A Praça do Pantheon faz parte do Complexo Deodoro, que engloba também a praça Deodoro e as alamedas Gomes de Castro e Silva Maia, no Centro de São Luís.

No passado, funcionou no local o Quartel Militar do 5º Batalhão de Infantaria, que foi construído entre 1793 e 1797, e tinha capacidade para 1.333 praças, em uma região conhecida como Campo do Ourique. A construção ocupava o espaço onde hoje se localizam a Praça do Pantheon, a Biblioteca Pública Benedito Leite e o Sesc.

Com a demolição do Quartel, no final da década de 30 (e sua transferência para o bairro do João Paulo, em 1941), foi construída a Biblioteca Pública Benedito Leite, em 1950; e a Praça do Pantheon ganhou a atual denominação em sessão da Câmara Municipal de 29 de março de 1954, por sugestão do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão (IHGM).

Outras denominações também foram dadas para o logradouro, como Largo do Quartel (área da frente), que mais tarde passou a se chamar Praça da Independência (1868); e Largo da Pirâmide (área posterior), no local onde foi construído o obelisco da Pedra da Memória (1844), em homenagem à coroação de D. Pedro II, e que foi transferido para a Avenida Beira-mar, em 1946.

A lei n.º 3.697, de 20 de abril de 1998, designa a Praça do Pantheon como local de homenagem póstuma, oficial e permanente àqueles que tenham prestado relevante contribuição às letras e às artes no Maranhão. Essa lei, em seu artigo 2º, condiciona a Academia Maranhense de Letras a colocação de qualquer novo busto na Praça:

“Art. 2º A colocação de qualquer novo busto, na Praça do Panteon, fica condicionada à prévia anuência da Academia Maranhense de Letras, que indicará ao Executivo Municipal os nomes dos que deverão ali ser homenageados, considerando a história e secular contribuição maranhense às Letras, às Artes, à Ciência e à Política brasileira.”

Os bustos, que sempre foram referência da Praça, passaram pelos serviços de lavagem, desengorduramento e halogenização. A empresa SERENARTH foi a responsável pelos serviços de conservação dos monumentos e confecção das 7 novas esculturas.

As 18 personalidades homenageadas até a retirada dos bustos para conservação são: Clodoaldo Cardoso, Gomes de Sousa, Henriques Leal, Arthur Azevedo, Urbano Santos, Dunshee de Abranches, Nascimento de Morais, Gomes de Castro, Bandeira Tribuzzi, Maria Firmina, Arnaldo de Jesus Ferreira, Ribamar Bogéa, Coelho Neto, Raimundo Corrêa, Raimundo Teixeira, Raimundo Corrêa de Araújo, Silva Maia e Josué Montello.

Foi confeccionado um novo busto de Humberto de Campos Veras (Humberto de Campos), que foi roubado em 2005, e agora retorna ao Pantheon Maranhense.

Além dessas figuras ilustres, mais 6 intelectuais serão imortalizados, tendo seus bustos inaugurados na Praça: Nascimento de Morais Filho, Celso Tertuliano da Cunha Magalhães (Celso Magalhães), Jomar da Silva Moraes (Jomar Moraes), Joaquim Manuel de Sousa Andrade (Sousândrade), Aluísio Tancredo Gonçalves de Azevedo (Aluísio de Azevedo) e José Ribamar Ferreira (Ferreira Gullar).

A solenidade de entrega dos bustos contará com a presença do Prefeito de São Luís, Eduardo Braide, a Presidente da FUMPH, Kátia Bogéa, o Presidente do IMPUR, Walber Filho, o Secretário da SEMOSP, David Col Debella, a Presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, Dilercy Aragão Adler, o Presidente da Academia Maranhense de Letras, Lourival Serejo e de familiares dos homenageados.

Fonte das Pedras

A entrega a obra de conservação do Monumento Fonte das Pedras acontece na quarta-feira, dia 28 de setembro, as 8h30. Trata-se de um bem cultural tombado individualmente pelo Governo Federal desde 12 de julho de 1963. É também parte integrante do conjunto histórico, arquitetônico e paisagístico do centro urbano de São Luís, tombado pelo Governo do Estado do Maranhão, através do Decreto Estadual n° 10.089 de 06 de março de 1986.

Em 1615, Jerônimo de Albuquerque, capitão da conquista e descobrimento das terras do Maranhão, acampou as tropas portuguesas sob as árvores ao redor do veio natural de água que jorrava em profusão, e aí iniciou sua estratégia que permitiu derrotar e expulsar os franceses comandados por La Ravardière.

No século XVII, os invasores holandeses utilizaram suas nascentes para a chegada e abastecimento de água potável, e, ao compreenderem sua importância para as conquistas, construíram uma fonte, sendo, então, primeiro manancial canalizado na ilha de São Luís.

A Fonte das Pedras além de ser um monumento de valor histórico, artístico e arquitetônico, faz parte indissociável da história da cidade, por constituir-se em importante sítio desde a fundação pelos franceses, perpassando pela invasão holandesa e colonização portuguesa. Também foi um testemunho do início do processo de industrialização da cidade, ao ser anexada a Fábrica Santa Amélia do Cotonifício Cândido Ribeiro.

A solenidade de entrega contará com a presença do Prefeito de São Luís, Eduardo Braide, a Presidente da FUMPH, Kátia Bogéa, o Secretário da SEMOSP, David Col Debella e alunos da rede municipal de ensino.

Pedra da Memória

No próximo dia 30 de setembro, às 17h00, a Prefeitura de São Luís, por meio da Fundação Municipal de Patrimônio Histórico (FUMPH), fará a entrega da obra de conservação do Monumento Pedra da Memória.

O Monumento Pedra da Memória, por seu valor histórico e cultural é protegido legalmente nos tombamentos de conjunto – estadual, Federal e Mundial. Com projeto do engenheiro militar José Joaquim Lopes, foi construído entre os anos 1841 e 1844 em homenagem à maioridade de Dom Pedro II e sua coroação como imperador do Brasil.

Está inserido em uma área de grande relevância, na Av. Beira-mar, (Av. Vitorino Freire), em um dos baluartes semicirculares, o Baluarte São Damião, em frente ao muro do Palácio dos Leões. Inicialmente estava localizado em frente do portão da retaguarda do Quartel de Guarnição Federal do Campo do Ourique, nas proximidades do atual Complexo Deodoro. Somente em 1950 foi remontada em sua atual localização.

Os canhões foram instalados posteriormente, em 1970-75, contudo o monumento ainda passou por restaurações devido a um acidente, onde um ônibus colidiu com o obelisco e com os canhões no ano de 1997. Nesta ocasião os canhões foram guardados na sede da Prefeitura Municipal de São Luís.

A proposta de intervenção consta do trabalho de conservação dos canhões, do obelisco e da base do Monumento Pedra da Memória, que teve projeto e execução realizados pela Fundação Municipal de Patrimônio Histórico, e investimentos de R$ 110.279,63.

Os dois canhões, um de origem inglesa, fundido no reinado de Jorge III, séc. XVIII, com brasão do reinado marcado em sua face superior e outro de origem francesa, peça da primeira metade do séc. XVIII.

Os canhões foram colocados, junto ao obelisco, um de cada lado, recompondo o que existia antes ao acidente, e para a reinserção dos canhões ao monumento foram idealizados duas bases, seguindo a prospecção das bases anteriores, que servirão de apoio para os canhões.

O obelisco é constituído por uma pirâmide em quatro faces, em pedra de lioz assentada em uma base quadrangular, sobreposta em degraus de pedra. Na face da pirâmide voltada ao mar, consta o Brasão que representa o escudo das armas do exército imperial, na base que a sustenta, constam as seguintes inscrições esculpidas em alto relevo:

Foram executados também, os serviços de iluminação do posteamento (lampiões) ao redor do monumento.

Monumento Outeiro da Cruz

Ainda na próxima sexta-feira (30), às 9h00, será entregue a obra de conservação do Monumento Outeiro da Cruz.

Quem passa pelo canteiro central da intercepção da Avenida Guaxenduba e Avenida João Pessoa, certamente já viu o Monumento Outeiro da Cruz. Edificado em pedra o monumento é constituído por uma coluna anelada, encimada por uma cruz latina lavrada em lioz.

Essa coluna entalhada em lioz está sobre uma base em quatro estágios, de formato quadrangular e cantos levemente arredondados. Esse repousa sobre base trapezoidal construída em alvenaria de pedra preta, que foi rebocada e pintada na cor branco. Na face principal, emerge escadaria com onze degraus. Na face posterior, há placa em mármore branco com a seguinte inscrição:

O monumento “Outeiro da Cruz”, evoca a memória de um dos grandes momentos da história do Maranhão, a expulsão dos invasores holandeses (1641-1644), marcando supostamente, onde se deram duas importantes batalhas entre os invasores holandeses e colonos portugueses. Portanto, sua representatividade para a formação da identidade nacional, deve-se não à sua conformação estética e sim, ao fato histórico que relembra.

A última tentativa holandesa de conquista do nordeste brasileiro deu-se no Maranhão, e fez parte do intrincado conflito ultramarino mundial, que envolveu Portugal/Brasil, Espanha e Holanda entre o final do século XVI e a primeira metade do XVII.

A proposta de intervenção consistiu em limpeza geral, retirada de entulho e capina na área de entorno imediato, reconstrução da calçada em piso cimentado com o objetivo de regularizar a pavimentação na área, instalação de totem informativo seguindo as regras de acessibilidade para pessoas com deficiências visuais e com QR Code, que permitirá ao visitante acessar informações mais detalhadas sobre o monumento e sua história.

Ainda foram executados os seguintes serviços:

• Limpeza Mecânica;
• Limpeza Química;
• Desinfecção contra Microorganismo Vegetais;
• Confecção de Próteses;
• Impermeabilização Protetiva;
• Recomposição de Alvenaria e
• Pintura.

A Fundação Municipal de Patrimônio Histórico (FUMPH), foi responsável pelo projeto e execução da obra, que contou com investimentos de R$ 81.803,22.

O Instituto Municipal da Paisagem Urbana (IMPUR) foi o responsável pela elaboração do projeto e execução do agenciamento paisagístico na área do monumento.

A solenidade de entrega do Monumento Outeiro da Cruz contará com a presença do Prefeito de São Luís, Eduardo Braide, a Presidente da Fundação Municipal de Patrimônio Histórico, Kátia Bogéa, o Presidente do Instituto Municipal da Paisagem Urbana, Walber Filho e alunos da rede municipal de ensino.