IMPERATRIZ

Prefeitura rompe contrato com Caema

Serviço de abastecimento de água e saneamento básico que é feito há 50 anos pela Caema será realizado por uma empresa que será contratada nas próximas semanas.

Francisco de Assis Andrade Ramos, prefeito de Imperatriz, tem planos de privatizar os serviços de abastecimento d’água e saneamento básico. (Foto: Divulgação).

O prefeito de Imperatriz, Assis Ramos (PDT), usou as redes sociais nesta segunda-feira (16) para anunciar em definitivo, o rompimento de contrato de serviços com a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema), e privatizar na segunda maior cidade do estado, os serviços de abastecimento d’água e saneamento básico que vem sendo oferecidos pela empresa de maneira precária e deficiente.

Assis Ramos, atual prefeito da cidade de Imperatriz. (Foto: Reprodução)

Em sua justificativa, Assis Ramos afirmou que esta semana será histórica para Imperatriz por conta dessa decisão, uma vez que a Caema presta um serviço há 50 anos ao município.

Segundo Assis Ramos, desde o início da sua primeira gestão vem tentando solucionar essa situação junto à companhia, apesar de não ser da competência da prefeitura executar e fazer o saneamento básico da cidade, que é de responsabilidade da Caema que é uma estatal administrada pelo governo do estado.

O prefeito denuncia que, além da Caema não atender a contento o abastecimento d’água potável, ainda despeja esgoto in-natura nos riachos que consequentemente desaguam no Rio Tocantins.

“Desde 2017 já fizemos várias notificações acompanhando todo o serviço da Caema que é muito mau feito, não sou eu quem diz isso, mas a população. Eu sei também, porque sou cidadão de Imperatriz e percebo isso. Em 2020 resolvemos abrir um procedimento administrativo de responsabilidade. Ou seja, detectar os problemas que a Caema vem trazendo ao município que não fica só na infraestrutura, mas que ele se estende para a saúde. Nesse procedimento administrativo de responsabilidade ficou evidenciado a péssima prestação de serviço da Caema ao nosso município. Dentre as várias irregularidades, a principal é o esgotamento sanitário que não existe. Para ser bem simples, o esgoto de nossa cidade é jogado diretamente no rio Tocantins”, ressaltou o prefeito de Imperatriz.

Assis Ramos enfatizou que não é um ato unilateral e que a mesma foi tomada com base no parecer realizado pela Procuradoria Geral do Município de Imperatriz, que sugeriu que a prefeitura reissindice o contrato com Caema, devido várias irregularidades contratuais e procedimentos administrativos que estão fora do contrato de serviços.

“Isso dá o ensejo do município de reincindir o contrato. O dono do serviço é o município e foi cedido na gestão do meu antecessor a prorrogação de 30 anos esse serviço. E nós não vamos aceitar mais 30 anos a Caema fazer um péssimo serviço em nossa cidade. Vamos contratar emergencialmente uma empresa para assumir esse serviço na tentativa de melhorar o saneamento de básico”, assegurou o prefeito, afirmando que não haverá aumento de tarifa como estão alardeando pela cidade.

Para amenizar a situação do saneamento básico de água, a Prefeitura de Imperatriz já  perfurou e mantém 28 poços, tocados por 56 servidores específicos que nos custam mais de R$ 1,2 milhão de reais por ano, desfalcando outras demandas, e ainda assim muita gente não tem água potável.

Assis Ramos afirmou que a contratação da empresa tem como objetivo dar mais qualidade de vida a população e que todo o procedimento de mudança será informado nas próximas semanas.

A equipe de reportagem de O Imparcial entrou em contato com a assessoria de comunicação do governo do estado para obter informações sobre o fato de a Caema já ter sido notificada sobre essa decisão da Prefeitura de Imperatriz em romper o contrato de serviços, mas até o fechamento desta edição não obteve retorno.

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