SET afirma que tarifa nos ônibus coletivos deveria custar R$ 4,83 para cobrir “rombo”
Presidente do Sindicato das empresas do transporte afirmou que patrões estão escolhendo entre pagar funcionários e abastecer a frota.
Em nova reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga possíveis irregularidades no transporte público de São Luís, realizada nesta terça-feira (8) na Câmara Municipal, a presidente do Sindicato das Empresas de Transporte (SET) disse que a tarifa para cobrir o “rombo” nas contas deveria ser de R$ 4,83.
Em seu depoimento, Jorgelle Matos Freitas disse que o reajuste de R$ 0,20 centavos na tarifa e que entrou em vigor desde 27 de fevereiro só agravou o problema, já que com o aumento da passagem a prefeitura deixará de repassar ao sistema mais de R$ 2 milhões.
De posse de um relatório produzido pelo SET que aponta os impactos financeiros junto aos consórcios que operam linhas na capital, a representante dos empresários do transporte público afirmou que a situação é caótica.
“Nós estamos no caos. Podem não aceitar, mas isso é uma realidade. A situação é tão crítica que tem mês em que escolhemos o que pagar: se o salário dos funcionários ou a compra de combustíveis”, afirmou.
Licitação
Em depoimento aos parlamentares da CPI, o ex-presidente da Comissão Permanente de Licitação da Prefeitura de São Luís (CPL), Mádison Leonardo, disse que o edital de licitação de 2016, que selecionou as empresas prestadoras do serviço de transporte público na capital, “[cumpriu] os critérios técnicos que a lei estabelece. Ou seja, o processo ocorreu sem nenhuma ilegalidade”.
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Conclusão do inquérito
A CPI está se aproximando do fim e os vereadores pretendem entregar um relatório robusto a diversas autoridades, especialmente o Ministério Público. Os vereadores estudam a possibilidade de propor ao prefeito Eduardo Braide (Podemos) a anulação dos contratos com as concessionárias que gerenciam os ônibus que circulam na capital maranhense.