43 anos adoçando a vida dos ludovicenses
Seja pontos turísticos, movimentos culturais ou pessoas importantes para nossa história, a cidade dos azulejos sempre enaltece o que foi e é de importância para a nossa história. Nada mais justo do que falar sobre um estabelecimento que fez parte da história de muita gente: a sorveteria Elefantinho
Em 409 anos de história, a nossa grande São Luís tem muitos marcos memoráveis. Seja pontos turísticos, movimentos culturais ou pessoas importantes para nossa história, a cidade dos azulejos sempre enaltece o que foi e é de importância para a nossa história. Nada mais justo do que falar sobre um estabelecimento que fez parte da história de muita gente. E vamos falar de algo que por décadas vem adoçando a vida dos ludovicenses: a sorveteria Elefantinho.
Fundada pela primeira vez em 1970 na cidade de Fortaleza-CE, a sorveteria Elefantinho começou como um negócio de família. No início, criou-se a tradição de os familiares passarem para frente a empresa, e os funcionários sempre de dentro da família. A sede se estabeleceu em Fortaleza, mas a família se dividiu, levando consigo a ideia da sorveteria para outras cidades e estados. Foi assim que a sorveteria chegou a São Luís.
Em 1978, um ano antes da lei da anistia entrar em vigor, a marca Elefantinho chegava em São Luís, marcada pela ideia de ser um negócio de família e construir uma tradição de produção. Para saber um pouco mais como foi a chegada e como funciona a Elefantinho, falamos com o seu Jorge Tabosa, de 65 anos, atual proprietário dos dois estabelecimentos em São Luís. “A Elefantinho surgiu como uma busca de entrar no comércio. Naquela época as profissões eram muito escassas e o comércio era muito fechado, mas a família decidiu arriscar e assim fundaram a sorveteria”.
Jorge comenta que o que definia uma empresa naquela época era a consolidação dela, o quanto ela conseguia se manter. Algo que para a Elefantinho foi trabalho duro mas, com muita dedicação, conseguiram se estabelecer nas cidades em que estavam.
Mas essa consolidação tem um motivo: a constância da produção. O sorvete é todo natural, a sua fórmula não leva nada de químico e a produção do sorvete é a mesma, desde a sua fundação em 1970. E Jorge comenta que é exatamente essa tradição na produção que fidelizou o seu público. “Quando uma empresa alimentícia começa com um produto, ele não pode alterar como esse produto é feito. Nosso sorvete é 100% natural e é isso que atrai. Muitas empresas mudam seu jeito de fazer a comida, muito por causa do preço ou da inflação. As indústrias tentam injetar químicos e outras alterações no produto alimentício para tentar vender mais, o que tira a qualidade do produto em muitas vezes”.
Nosso sorvete é 100% natural e é isso que atrai. Muitas empresas mudam seu jeito de fazer a comida, muito por causa do preço
Ele nos conta que a maioria das empresas alimentícias hoje em dia vivem somente de moda, que as vezes não existe uma consolidação do público e que no geral ainda falta qualidade nos produtos. E foi essa tradição do sorvete que conquistou o povo ludovicense. Jorge conta que quando a sorveteria chegou a São Luís já existiam outras sorveterias, mas o que realmente chamou atenção foi o sorvete da Elefantinho. Aliás, não é à toa que as pessoas se reuniam para ir na primeira loja no centro histórico de São Luís, pra provar os diversos sabores que existem na Elefantinho.
43 anos de tradição em fabricar sorvetes
E são mais de 43 anos que a sorveteria se estabeleceu em São Luís. A primeira loja, que se encontra no centro, foi onde a tradição se espalhou. Jorge comenta que o seu público passou de geração para geração e o seu público se traduz na frequência em que eles retornam. “Os clientes de hoje em dia, são os filhos e netos de antigamente, que vieram com os pais anos atrás”.
Jorge assumiu a propriedade da Elefantinho em São Luís em 2011, criando a sede no bairro da Lagoa e expandindo seu alcance. Teresina, Fortaleza e São luís são algumas das cidades que tiveram sede da Elefantinho. Hoje em dia cresceram mais ainda, trocaram de nome, mas elas ainda mantêm a mesma tradição na produção do sorvete. “A nossa tradição e o nosso jeito não passamos pra ninguém. Mantemos tudo nada família, nossa formula sempre será única e só nossa”.
Mas o que mudou foi como o público se reúne na sorveteria, ou melhor, como não se reúne. Jorge comenta que antigamente o costume de se reunir em um lugar era mais frequente e que, hoje em dia as pessoas são mais passageiras. Elas apenas passam pelos lugares e alteram seus modos de consumo, além de seus lugares. Mas dentro da Elefantinho, existem os clientes que vão e vem, mas existem aqueles que são frequentes e ainda existem as pessoas que se reúnem nos fins de semana na sorveteria.
Por fim, Jorge agradece a São Luís por abraçar sua empresa e a todos os ludovicenses por fazerem parte dessa história, não só da Elefantinho mas da família dele. “Nós não fizemos a Elefantinho somente pra lucrar. Nos preocupamos com a qualidade e com o produto que iremos oferecer para a cidade. Pensamos em retribuir a confiança das pessoas no nosso produto, por isso agradecemos a cidade e todo o crescimento que elas nos forneceu ao longo desses 43 anos.”