O alerta amarelo é do Instituto Nacional de Meteorologia e vale também para o dia de hoje (16) na Região Metropolitana de São Luís, que será de chuva intensa, com média de chuva entre 20 e 30 mm/h ou até 50 mm/dia, ventos intensos (40-60 km/h); baixo risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas.

Mas a chuva que caiu na Grande Ilha foi a maior precipitação pluviométrica registrada até o momento em 2021. “Segundo dados da Estação Itapiracó pertencente ao Instituto Nacional de Meteorologia, a chuva acumulada de 9h da manhã de domingo, até 9h de ontem, foi de 139,4mm. A nossa estação ainda não tem os dados atualizados, mas tivemos uma grande tempestade de raios nesse período”, disse Gunter Reschke,do Núcleo Geoambiental.

A chuva acumulada de 9h da manhã de domingo, até 9h de ontem foi de 139,4mm.

Segundo o alerta do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), há risco moderado para ocorrência de fenômeno meteorológico adverso dentro das próximas 72 horas, com chuvas intensas, vendaval, acumulado de chuva, tempestade.

A chuva que caiu na madrugada de segunda-feira e seguiu intensa até as 9h na cidade veio acompanhada de tudo isso, mais raios e trovões, o que causou transtornos para a população, especialmente quem precisou sair de casa, a pé ou de veículo automotivo. “Ficamos quase meia hora para passar de um trecho na Estrada da Vitória, no  acesso ao Parque Vitória. Parecia um rio e o motorista teve que ter habilidade pra passar no trecho engarrafado. Carro pequeno ficou atolado”, disse o comerciário Paulo Costa.

Parecia um rio e o motorista teve que ter habilidade pra passar no trecho engarrafado. Carro pequeno ficou atolado.

Recorde de raios na Grande Ilha

Segundo Gunter, a média climatológica deste mês é 428mm. Na região da UEMA choveu de 00h até 10h de segunda-feira, em torno de 80,5mm, somado com os 140mm da Estação Itapiracó, é um volume expressivo, com chuvas intensas. “O que chamou a atenção foi a severidade das descargas atmosféricas que de 00h até 10h, no total, tivemos 620 raios que tocaram o solo na Grande Ilha. Esse é um dos pontos bastante expressivo”.

Para a auxiliar de farmácia, Rita Pereira, o problema foi ficar na parada de ônibus.

“Com as ruas alagadas, os carros passam dando banho na gente, sem falar que com o trânsito mais lento os ônibus demoram a passar”.

Com as ruas alagadas, os carros passam dando banho na gente, sem falar que com o trânsito mais lento os ônibus demoram a passar.

Diversos pontos de alagamentos foram registrados na capital, com trechos de grandes vias debaixo d’água, a exemplo da Via Expressa, avenidas Vitorino Freire, Beira-Mar, Jerônimo de Albuquerque, Daniel de La Touche, Magalhães de Almeida, Avenida dos Holandeses, Getúlio Vargas, Anel Viário, também em vias no acesso para bairros como Renascença, Vicente Fialho, Angelim, Areinha, bairros da zona rural, além de vias de acesso a municípios como São José de Ribamar.

Raios

De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o território maranhense costuma registrar uma média de 52 raios por km² ao longo do ano, enquanto São Luís registra em torno de 15 raios por km². O Brasil está em primeiro lugar do ranking de incidência de raios no mundo. Estima-se que, em média, caiam cerca de 50 milhões de raios por ano em território nacional.

O maior predomínio de descargas elétricas traz uma atenção redobrada com a segurança.

Cuidados com raios e relâmpagos:

Dentro de casa

• Evite mexer no celular;
• Não use aparelhos elétricos;
• Não mantenha aparelhos conectados nas tomadas;
• Proteja tomadas se tiver crianças em casa;
• Evite o uso do adaptador ou multiplicador de tomadas.

Cuidados fora de casa

• Afaste-se das árvores e terrenos abertos;
• Não permaneça em piscinas, rios e lagos;
• Evite ficar em morros e terrenos elevados;
• Se estiver dirigindo, permaneça no carro;
• Não permaneça perto de redes elétricas;
• Afaste-se de cercas de arame, varais metálicos e trilhos.