PANDEMIA

Saiba como o lockdown pode afetar o dia a dia da Ilha

Por conta do lockdown, instituído pelo governo do estado à pedido da justiça, a capital sentirá os impactos sociais e econômicos em diversos segmentos e serviços em São Luís

Divulgação

A partir de amanhã os municípios de São Luís, São José de Ribamar, Raposa e Paço do Lumiar terão que cumprir as determinações do lockdown solicitado pelo Ministério Público Estadual e determinado pelo juiz Douglas Martins, titular da Vara de Direitos Difusos e Coletivos de São Luís.

Por 10 dias, governo do estado terá que determinar o cumprimento de regras mais rígidas de confinamento na Ilha de São Luís em virtude do aumento dos casos do novo coronavírus e o colapso do sistema de saúde na rede pública e particular na capital maranhense. A  multa diária da Ação Civil Pública R$ 100 mi reai em caso de descumprimento.

O objetivo é conter o avanço da doença e evitar novas mortes. A ideia é interromper o fluxo, evitar que as pessoas se desloquem e, portanto, se encontrem.  Além do lockdown na ação foi pedida a aplicação de orientação e de sanção administrativa quando houver infração às medidas de restrição social, como o não uso de máscaras em locais de acesso ao público. Também foi pedida a extensão da suspensão das aulas da rede privada nos municípios requeridos, segundo os parâmetros adotados para a rede estadual.

Outro pedido é a restrição de veículos particulares nas rodovias estaduais na área urbana dos quatro municípios da Ilha de São Luís e nas áreas do programa Nosso Centro. O Ministério Público solicitou que a Justiça determine aos quatro municípios que se abstenham de disciplinar as regras do distanciamento social de modo contrário ao Estado do Maranhão.

Pede, ainda, que seja determinado às equipes de vigilância em saúde, guarda municipal, agentes municipais de trânsito e outros agentes de fiscalização municipais sobre o uso obrigatório de máscara em São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa. As agências e correspondentes bancários devem funcionar apenas para pagamento de salários e benefícios assistenciais. 

O governador Flávio Dino (PCdoB), afirmou em abril durante coletiva virtual, que o Maranhão terá uma perda de maisde R$ 1 bilhão de reais até o final do ano. durante a coletiva virtual à imprensa, na última quinta-feira. De acordo com Flávio Dino só no mês de abril, o estado perdeu, em sua receita, cerca de R$ 300 milhões de reais.

Em decorrência de um possível ‘lockdown’ na ilha, O Imparcial conversou com o economista Felipe de Holanda, ex-presidente do  Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (IMESC), que afirmou que os casos da covid-19 seguirá crescendo em escala geométrica, enquanto todos os esforços governamentais, de empresas e organizações privadas e 3º setor, combinados, vão apenas adicionar aritmeticamente aos equipamentos essenciais para defender a vida dos pacientes graves. “É uma medida necessária, dado o fato de que dentre os  infectados sintomáticos, aquele grupamento de 5% que necessitarão de cuidados intensivos, se não houver o acesso a respiradores e UTI´s, a respectiva taxa de mortalidade triplicará ou quadruplicará.

É uma medida de emergência tomada para reduzir e administrar o fluxo dos doentes graves que precisem de cuidados intensivos”, afirmou o economista. Felipe de Holanda acrescentou que o estado do Maranhão foi o 1º a decretar o lockdown no país, extensivo à Ilha. “Pelo lado negativo, a medida Judicial mostra uma certa estratégia do Governador, de administrar a decisão do Lockdown, como fosse um caso consumado, para evitar danos eleitorais, quando, na verdade, a prerrogativa da decisão é de sua alçada, assim como a responsabilidade política”, avaliou o economista. E lembrou ainda que, “os governadores se moveram, milhares de prefeitos em todo país se moveram, as Associações comunitárias se moveram, juntamente com o 3º setor.

O Congresso se moveu, o Judiciário se moveu. A grande e a pequena imprensa se moveram. Apenas o Necropresidente Jair, perdido no tiroteio após a impugnação de sua indicação para a Chefia da polícia federal, continuou praticando os mesmos atos bizarros e anti-humanistas de sempre, sabotando e desrespeitando as medidas de isolamento social”, ressaltou Felipe de Holanda.

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