OBRAS

Comércio na praia do Olho d’Água vive momento de apreensão

Conforme denúncia dos comerciantes, é que as obras estão paradas e muitos deles estão prejudicados em seus negócios

Divulgação

Comerciantes da Praia do Olho d’Água vivem momentos de grande apreensão e expectativa, diante do que chamam de desinformação, sobre as obras de extensão da Avenida Litorânea, que em uma primeira etapa chega até à Avenida São Carlos, no Olho d’Água.

Na segunda etapa, se estenderá até ao Araçagi. Acontece, conforme denúncia dos comerciantes, é que as obras estão paradas e muitos deles estão prejudicados em seus negócios, visto que os acessos à área de praia estão interrompidos, além do entupimento de toda rede de esgotos, fazendo com que os dejetos sejam jogados na orla marítima.

Domingos Verônico, do Restaurante Sabor da Terra, disse que esta primeira etapa da obra, deveria ser entregue em dezembro do ano passado, porém isto não aconteceu e os trabalhos estão parados, não havendo nenhuma máquina trabalhando, nem operários na região da praia.

Verônico denuncia que em face das chuvas que arrastam o barro do aterro para a orla marítima, tornando a água do mar barrenta, a população se afastou e o movimento comercial nos bares e restaurantes, está parado.

Francisco de Assis Freitas, está sem trabalhar. Sua barraca “Cocô Verde” teve as atividades interrompidas com as obras e ele ficou parado. Assim, está passando por sérias dificuldades. “Moço, não estou passando fome porque tenho uma aposentadoria que me concede um salário mínimo, mas os débitos estão se acumulando. Espero que esta obra termine pra ver se a gente volta a ter uma vida normal”, disse Francisco Freitas.

Osvaldo Santos, do Bar Santa Rita, reclama que teve dezenas de coqueiros que havia plantado na área do seu bar, destruídos para dar lugar ás obras de extensão da avenida, e agora vive a expectativa da conclusão dos trabalhos, mas que suas esperanças estão se esvaindo, visto que não tem operários trabalhando e a obra, consequentemente, está atrasada. ” Até entendo que as chuvas atrapalham o trabalho, mas não entendo é porque os operários não trabalham nos dias em que não chove”, declarou.

Luis Henrique Oliveira, do Bar do Nonato, disse que não entende como é que os comerciantes da Praia do Olho D’àgua, estão conseguindo conviver com esta crise criada pela obra, que está parada. Conforme afirmou, muitos trabalham em imóveis alugados e, com certeza, estão acumulando débitos.

Luís Henrique disse que o seu pai Nonato, tem o seu bar e restaurante no Olho d’Água, há 63 anos, em prédio próprio e, mesmo assim, pela falta de consumidores, enfrenta dificuldades. “O que compensa, é que já temos uma clientela fidelizada, que sempre vem fazer refeições com suas famílias, principalmente, nos fins de semana. Entretanto, a praia, propriamente dita, só tem frequência por pessoas desavisadas, já que as águas estão impróprias para o banho, em face da rede de esgoto estar obstruída e os dejetos sendo jogados no mar. Já solicitamos dezenas de vezes à companhia responsável, para que proceda o conserto, no entanto, não obtivemos resposta”, afirmou.

Para Luís Henrique, a redenção do Olho D’água, tanto para comerciantes quanto para moradores da área de praia, é a conclusão desta obra, que não tem data determinada para acabar.

A reportagem de O Imparcial buscou informações sobre o andamento da obra e data da sua conclusão junto à Agência de Mobilidade – MOB, mas até o encerramento desta edição, não havíamos obtido resposta.

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