SÃO LUÍS

250 casarões em situação de risco

Corpo de Bombeiros e Defesa Civil trabalha em regime de alerta em função das chuvas torrenciais que estão caindo no Estado. Na capital, algumas áreas apresentam riscos

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Muitos são os prédios e áreas em situação de risco na cidade, monitorados pelo Corpo de Bombeiros Militar e Defesa Civil do Município. Casarões abandonados do Centro Histórico e áreas ameaçadas de deslizamentos e moradias sujeitas a desabar na região periférica da capital, estão sob constante observação pelas autoridades responsáveis pela segurança das populações que ali residem ou transitam.

O Corpo de Bombeiro Militar trabalha em regime de alerta em função das chuvas torrenciais que tem caído no Estado, notadamente em São Luís, onde já choveu cerca de oitenta por cento do previsto para o mês em curso. O major Lisboa do Corpo de Bombeiros disse que a corporação monitora constantemente os casarões do Centro Histórico e que neste ano fluente, já foram constatados que 14 destes casarões se encontram em condições de risco elevado e alguns em risco de incêndio.

Este trabalho do Corpo de Bombeiros do Maranhão se desenvolve desde 2017, quando foi constatado que 17 casarões apresentavam alto risco. O trabalho tem continuidade e até 2019 o CBM catalogou 250 casarões em situação de risco elevado. Este monitoramento tem continuidade este ano e com frequência diária em virtude da intensidade do período chuvoso.

Ao município compete o monitoramento das edificações habitadas na periferia, que oferecem riscos aos moradores. Equipes da Defesa Civil realizam o monitoramento e adotam as medidas preventivas, como a transferência das famílias para local seguro. Dessa forma, mais de 120 pontos territoriais que fazem parte do mapeamento de 60 áreas de riscos da capital já foram vistoriados pelas equipes da Defesa Civil da Prefeitura de São Luís, de janeiro a fevereiro deste ano.

As áreas vistoriadas apresentam trechos com riscos de alagamentos ou deslizamentos. Entre os bairros monitorados pelo Serviço Municipal, que é vinculado à Secretaria Municipal de Segurança com Cidadania (Semusc) estão o Coroadinho, a Vila Palmeira, Eixo Itaqui Bacanga, Centro Histórico, Zona Rural I e II, Cohama/Turu e a chamada Zona Costeira, que compreende o bairro São Francisco.

50 mil famílias beneficiadas com monitoramento

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As vistorias e visitas da Defesa Civil de São Luís se iniciaram tão logo começaram as primeiras chuvas na cidade. 

Durante dois meses, as equipes inspecionaram os imóveis nos bairros e vilas em situação risco por estarem situados em encostas e terrenos com escavações irregulares. 

O trabalho se desenvolveu diuturnamente, com plantões permanentes durante os primeiros meses do ano. Mesmo durante o período do Carnaval o trabalho não foi interrompido. As autoridades municipais estimam que mais de 50 mil famílias foram beneficiadas com o monitoramento.

Além das fortes chuvas e as altas marés, que atingiram até a média de 6.4 metros, foram verificadas inundações nos bairros Areinha, Vila Portelinha (Na Ilhinha/São Francisco), Divinéia e Centro (região do Mercado Central). Também ocorreu o desmoronamento de um prédio em construção e abandonado na região da Península da Ponta d’Areia. O imóvel estava desabitado, mas estava sendo monitorado pela Defesa Civil desde 2017. O desabamento não causou danos nem oferece riscos à população do entorno.

Em virtude dos temporais, as famílias que ficaram desalojadas na Vila Portelinha, comunidade localizada no eixo São Francisco e Ilhinha, foram levadas para alojamento, pela Defesa Civil, trabalho acompanhado pelas equipes da Secretaria Municipal da Criança e Assistência Social (Semcas). Todas as famílias foram atendidas e um caminhão de mudanças foi disponibilizado para que as famílias pudessem transportar seus bens materiais. A Semcas forneceu também colchonetes para as 27 famílias que foram abrigadas em alojamento e ofertou também vagas nas unidades de acolhimento, contudo não foi aceito pelas famílias, que optaram por permanecer na área atingida.

O titular da Semusc, Héryco Coqueiro, informa que o objetivo principal da Defesa Civil é salvaguardar vidas humanas. “O atendimento prioritário está sendo prestado às famílias que moram em áreas onde há risco de alagamento e desmoronamento. O monitoramento nestas localidades é feito 24h para garantir todo o atendimento necessário e evitar fatalidades. Também estamos monitorando os imóveis que servem de habitação para famílias, principalmente na região do Centro da capital, onde a Defesa Civil realiza vistorias e emites laudos sobre a situação de imóvel”, explicou.

Em caso de emergência, entre em contato com o Corpo de Bombeiros pelo telefone 193 ou com a Defesa Civil por meio dos números (98) 3212-8473 / (98) 98822-5352 / 153 (para números da operadora Oi) ou 190 (Ciops).

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