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Fogos de artifício: o que você precisa saber antes de soltá-los?

Saiba quais são os cuidados para que a diversão de fim de ano não termine em acidentes graves.

O colorido deles já virou tradição em festas como o São João e o Réveillon. Introduzidos em várias culturas pelos chineses, os fogos de artifícios são um espetáculo à parte na celebração da virada do ano. Grandes cidades investem pesado nos chamados shows pirotécnicos que costumam durar em média de 10 a 30 minutos.

Mas apesar de proporcionar uma bela lembrança, em uma data importante, os fogos precisam de um manuseio adequado para garantir a segurança e evitar acidentes. Um levantamento divulgado pelo DATASUS mostra que uma em cada dez pessoas tem um de seus membros superiores amputados devido ao uso indevido de fogos de artifícios. O órgão revela ainda que últimos anos em todo país houveram 8,5 mil acidentes e 120 mortes causadas por fogos. O levantamento mostra ainda uma estatística grave. Pelo menos 20% das mortes foram de crianças de 0 e 14 anos.

Estatísticas que para serem evitadas precisam obedecer a alguns critérios. Segundo O major Lisboa, do Corpo de Bombeiros do Maranhão (CBMMA), a primeira coisa que consumidor deve atentar é a escolha do local para a aquisição do produto.

Divulgação

“A aquisição deve ser feita em uma loja com tradição na venda e que seja devidamente credenciada com certificado de aprovação do Corpo de Bombeiros que é um documento que vai garantir a segurança mínima para o estabelecimento de elementos de armazenamento e comercialização dos fogos”.

Ainda segundo o major, o consumidor precisa também ter o entendimento do perigo que o produto traz consigo. “É importante que consumidor procure as informações no rótulo de cada produto, pois cada fabricante possui uma especificidade em relação a utilização, manuseio, potência e até o armazenamento correto, por essa razão é importante que o consumidor leia com atenção essas informações na caixa do produto”.

Quanto às classificações existem pelo menos quatro tipos de fogos. O primeiro é o “tipo A” são fogos de vista, com até 20 centigramas de pólvora, sem estampido. O segundo tipo o “B” são fogos de estampido com até 25 centigramas de pólvora por peça, podendo ser foguete com ou sem flecha, de apito, morteirinhos de jardim e serpentes voadoras. Já o “Tipo C” são fogos com estampido com mais de 25 centigramas de pólvora por peça, são foguetes com ou sem flecha, cujas bombas possuem até seis gramas de pólvora. E por último o “tipo D”, que são fogos com estampidos com mais de 2,5 centigramas gramas de pólvora por peça, foguetes com ou sem flecha cujas bombas contém mais de seis gramas, baterias, morteiros, com tubos de ferro, rojões e demais fogos de artifícios. “Os campeões de vendas acabam sendo os foguetes e rojões com até 12 tiros”, esclarece o major

Os fogos dos tipos C e D não podem ser vendidos para menores de 18 anos, e a queima depende de licença e de autoridade competente, com hora e local previamente definidos. Quem vai acionar o artefato precisa se certificar de ser uma área aberta, arejada, longe de aglomerações e estacionamentos de postos de combustíveis e também longe fiações de distribuição de energia o que ajuda a evitar ainda problemas com incêndios.

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Para ter uma festa sem problemas, é primordial manipular fogos com segurança. Para isso, aqui vão algumas dicas necessárias para o bom uso de artefatos explosivos no fim de ano:

  • Comprar fogos de artifício em lojas especializadas e certificadas;
  • Escolha artefatos menos explosivos e de fácil manuseio. Não se esqueça de conferir o certificado de garantia e validade do produto;
  • Optar por artefatos que venham com a base de encaixe para ser fixados no chão;
  • Ficar a uma distância de 30 a 50 metros do local;
  • Certifique-se que não existam substâncias inflamáveis ou rede elétrica nas proximidades;
  • Nunca fazer experiências ou modificar os fogos de artifícios;
  • Oriente as crianças a estourar as bombinhas e os estalinhos longe da fogueira, de substâncias inflamáveis, de pessoas e de objetos que podem quebrar e se estilhaçar, caso de garrafas de vidro e latas de refrigerante;
  • Participar da queima de fogos públicas e oficias geralmente obedecem a protocolos mais seguros.

Uma outra dica do bombeiro é descartar unidades que apresentarem defeitos. “Quando o produto apresenta uma falha, a orientação é que o consumidor descarte aquele produto e evite tentar acender novamente o pavio. O risco de acidentes na tentativa de reignição é grande pois o artefato pode explodir antes da hora, encurtar o pavio, e funcionar de forma inadequada”, explicar Lisboa

O major explica ainda que nesse período em São Luís existem poucas ocorrências com acidentes graves com fogos. “As ocorrências são bem pontuais, mas apesar de aparecem não existe uma concentração grande de acidentes”, aponta.

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Em caso de acidentes, o correto a ser feito é acionar de imediato os órgãos competentes como Corpo de Bombeiros e Serviço de Atendimento de Urgência o SAMU, caso haja alguém gravemente ferido. Outra ação em caso de queimaduras leves, é lavar a região atingida com água fria ou soro fisiológico e envolver em pano úmido. Em caso de amputação, além de chamar o serviço de pronto atendimento, é importante colocar o membro amputado em um saco plástico dentro de um recipiente com gelo e levar a vítima o mais rápido possível para o hospital.

As ações preventivas começam desde o início do mês. As visitas técnicas aos estabelecimentos de vendas, também são uma forma de evitar acidentes futuros “nossa fiscalização se concentra nas lojas, o trabalho é orientar o vendedor e o empresário e checar a documentação, o certificado de aprovação da empresa para que a gente possa resguardar a segurança mínima as pessoas que dão fluxo aquele local”, conclui Lisboa.

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