Produto importado

Raimundo Correia, conhecido como “ Seu Manel”, há 30 anos trabalha como vendedor de caranguejos na área do Desterro e hoje ocupa um boxe no Mercado de Caranguejos, construído pela então governadora Roseana Sarney. Ele disse que a venda do crustáceo é cheio de altos e baixos, visto que tem o período de reprodução quando sua captura fica proibida e que também sofre influência das chuvas quando os caranguejos ficam mais tempo nos seus buracos, dificultando a sua captura.

No Mercado Central, o feirante que preferiu ser identificado apenas como “Gomes”, disse que não tem problemas de escassez do produto, porque trabalha exclusivamente com a venda da carne do caranguejo e que já tem, freguesia certa formada por proprietários de restaurantes e por isso mantém o produto em estoque para fornecer aos seus clientes na entressafra.

No Mercado da Liberdade, Cláudio Santos, vende o caranguejo em cambadas e detém boa freguesia, visto que é cauteloso na escolha do produto, preferindo trabalhar com os de maior tamanho, que são os preferidos. Ele disse que seus fornecedores são da Ilha dos Caranguejos e de Alcântara.

Conforme Cláudio Santos, o caranguejo tem os seus períodos de defeso, quando então o Ibama proíbe a venda, visto que é o período de reprodução que vai do mês de janeiro até abril. Ele disse concordar com a medida das autoridades ambientais, porque é uma forma de preservar a espécie.

“ Isto é bom para todo mundo “, disse.