CONTROLE

Caema inicia projeto de hidrometração para combater perda de água em São Luís

A expectativa é instalar cerca de mais de 112.500 equipamentos

Divulgação

A Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) iniciou o projeto de implantação de hidrômetros na Grande São Luís, com o objetivo de aprimorar a aferição e acompanhamento do consumo de água nas residências. A expectativa é instalar cerca de mais de 112.500 equipamentos que, além de proporcionar aos usuários do sistema o pagamento pelo real consumo, auxiliarão no controle das perdas de água.

Marcos Silva, coordenador socioambiental da Caema, enfatizou o estímulo às boas práticas da população com a chegada do aparelho de micromedição do consumo de água. “O hidrômetro vai melhorar a relação entre o consumo e a consciência que se deve ter sobre o uso racional da água, pois o aparelho mede com precisão todo o volume consumido, inclusive os advindos do mau uso e desperdícios”, explicou Marcos.

Por outro lado, como lembrado pelo coordenador de socioambiental, cada usuário poderá acompanhar a quantidade de água consumida, o que facilitará o conserto, em tempo hábil, de vazamentos ou outras avarias internas que podem elevar o valor fatura. “Muitas pessoas têm vazamentos invisíveis em casa e, até mesmo aparentes, mas não se preocupam em providenciar o reparo, porque atualmente pagam por estimativa. Da mesma forma, usam a água de maneira indiscriminada em outras atividades, o que prejudica a democratização do uso consciente para todos, haja vista que o desperdício pode comprometer a distribuição satisfatória e igualitária”, falou Marcos Silva.

É relevante ressaltar que a água potável que chega nas residências não deve ser utilizada nos serviços que não necessitam de água tratada. Lavar calçadas, carros ou regar plantas com a mangueira aumentam a demanda da água e contribuem para o esgotamento do recurso para vários pontos da cidade, mesmo que, em maio de 2018, a vazão de água para São Luís tenha sido reforçada com o ganho 35%.

Instalando o hidrômetro

A instalação do hidrômetro está em acordo com a Lei de Saneamento Básico de nº 11.445/2007, e obedece as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). O aparelho mede o consumo de água fornecida pela Caema, que é tratada e, antes de chegar nos imóveis, passa por um processo que requer custos com energia elétrica, produtos químicos e manutenção da rede operacional, eliminando os riscos de contaminação para o consumo humano.

O consumidor não precisa se preocupar com a instalação do equipamento, pois todos os aparelhos só são liberados após rigorosa verificação e controle de qualidade. As vantagens são inúmeras, como por exemplo, a valorização do imóvel, a redução do desperdício que, consequentemente, diminuirá os problemas de desabastecimentos na cidade e a rápida identificação de vazamentos. O consumidor que recusar a instalação do micromedidor pode ter o abastecimento interrompido do pela Companhia, como diz o artigo nº 40 do inciso III, da Lei de Saneamento.

É importante ressaltar que a Caema é a responsável pela instalação do hidrômetro, feita gratuitamente e pelo controle sobre a vida útil do aparelho. No entanto, os cuidados contra danos são de inteira responsabilidade do usuário.

Por que confiar no seu hidrômetro

Em junho deste ano, Técnicos do Instituto de Metrologia e Qualidade Industrial do Maranhão (Inmeq-MA) inspecionaram a bancada de aferição de hidrômetros utilizada pela Caema. Os técnicos avaliaram se o trabalho adotado pela Companhia e os aparelhos utilizados na avaliação dos medidores de consumo de água estão dentro dos padrões e o resultado foi positivo.

De acordo com Ana Amélia Rabelo, coordenadora de micromedição da Caema, a bancada realiza ensaios dos hidrômetros antes da instalação nos imóveis e passa, obrigatoriamente, por vistoria anual. “Nós fazemos o agendamento para a inspeção metrológica da bancada todos os anos, para renovar o certificado que dá a garantia de que não há irregularidades nos hidrômetros que, comumente, estão sob suspeita por parte dos consumidores. Esta ação é uma responsabilidade da Caema que deve ser cumprida por exigência do INMETRO e, também, é um meio de passar mais confiabilidade no cálculo da tarifação”, falou.

Ana Amélia também esclareceu que, caso o consumidor não concorde com o valor final da sua fatura, pode se direcionar a uma unidade de atendimento da Companhia para fazer a contestação da cobrança. “Havendo suspeitas de erros, o consumidor comunica a Caema e nós iremos direcionar uma equipe para inspecionar o imóvel. A vistoria busca identificar quaisquer tipos de vazamentos internos. É importante ressaltar que, caso estes sejam identificados, o medidor vai contabilizar o consumo e este problema deve ser reparado pelo proprietário da casa. Caso não seja verificado nenhum indício de erro, a equipe faz a retirada do aparelho, que é direcionado para passar por testes aqui na bancada. Se o hidrômetro for reprovado, a Caema retifica a cobrança e faz a troca do aparelho, caso contrário ele volta para a propriedade do usuário e a cobrança permanece”, explicou.

Sem exceção, os hidrômetros passam por esta bancada que já foi inspecionada e certificada neste ano, antes de serem instalados nos imóveis. Ela simula a rede de abastecimento, na qual são feitas três aferições. Na primeira é simulada uma alta pressão na rede, em seguida é feita a simulação com média pressão, e o terceiro teste é feito com baixa pressão, simulando um sistema de abastecimento por gravidade, com a rede recebendo a água de um reservatório. Nos dados registrados nas três fases de medição, são verificados se os valores apontados estão aproximados no valor de mais ou menos 10. Se um dos três resultados forem divergentes do valor aproximado, o aparelho é reprovado.

De acordo o responsável pela fiscalização, João Sousa, agente fiscal metrológico do INMEQ, o procedimento tomado foi muito importante para comprovar a metodologia adotada pela Caema na aferição dos hidrômetros, e também para verificar se a bancada oferece a garantia a mais em relação aos hidrômetros que já chegam testados de fábrica, mas devem passar por nova verificação na empresa, ou ainda aqueles em que o usuário solicita uma contraprova que, de fato está pagando pelo o que consome.

“Os instrumentos foram avaliados minuciosamente para atestar o compromisso da Caema com o controle interno de qualidade, e para atestar que a bancada está dentro dos padrões estabelecidos pelo INMEQ para a realização de aferição dos hidrômetros. Este procedimento é obrigatório e também uma segurança, tanto para a Companhia, quanto para o usuário. Foram vários ensaios realizados durante a inspeção”, afirmou.

Alerta

Burlar o sistema de hidrometração traz prejuízos. Fazer ligação clandestina, violar a ligação cortada, o lacre do medidor e desviar a água antes de chegar ao hidrômetro são tipos de fraudes que poderão ser considerados como furtos qualificados, como previsto no artigo 155 § 4º, II, do Código Penal. Sendo constatado, o usuário infrator será punido com multa de acordo com a infração cometida, prejuízo causado e reincidência, e ainda poderá responder a processo por furto de água.

Faça a conta

Confirme o valor da tarifa e certifique-se que ela corresponde ao que foi consumido. Basta realizar periodicamente a leitura da numeração em preto do seu aparelho e fazer a comparação entre os meses. A fatura é calculada em função deste consumo. É importante ressaltar que a tarifa da Caema é a mais barata do Nordeste, sendo R$ 25,49 a cada 10 mil litros de água tratada consumida.

VER COMENTÁRIOS
Polícia
Concursos e Emprego
Esportes
Entretenimento e Cultura
Saúde
Negócios
Mais Notícias