ELEIÇÕES 2020

Aliança já discute eleições municipais para o próximo ano

Nova legenda quer explorar imagem do presidente Bolsonaro para tentar emplacar candidatos fortes e evitar que a oposição conquiste as capitais do país em 2020

Reprodução

O Aliança pelo Brasil ainda não está oficialmente criado, mas a Executiva Nacional e os deputados federais, que anseiam pela migração à futura legenda, começam, passo a passo, a traçar as estratégias para dar musculatura política às eleições municipais de 2020.

O martelo ainda não foi batido pelo presidente Jair Bolsonaro, mas a ideia de é ter candidaturas nas capitais. Caso não seja possível, o apoio a candidatos de outros partidos não está descartado. Paralelamente, parlamentares se mobilizam para viabilizar postulantes próximos e confiáveis em municípios do interior, embora reconheçam as dificuldades.

A intenção do Aliança é de usar a popularidade de Bolsonaro para emplacar candidatos fortes e evitar que municípios com grandes orçamentos, sobretudo as capitais, “caiam nas mãos” de candidatos de partidos da oposição.

“Será importante esse pragmatismo para termos prefeitos chave para combater o Foro de São Paulo em todos os grandes municípios”, destacou o deputado federal Luiz Philippe de Orléans e Bragança (PSL-SP), que migrará, quando possível, para o Aliança.

A deputada Carla Zambelli (PSL-SP) partilha da opinião, embora defenda o lançamento de candidaturas com pessoas de estrita confiança, independentemente do tamanho.

“De repente, o município não é tão grande, mas tem gente de confiança. E aí vamos lançar, pois é uma base a mais”, analisou.

A diretriz de Bolsonaro é priorizar os mais confiáveis.

“Opresidente já deixou claro que é melhor ter menos prefeituras e não eleger tanta gente assim, mas ter certeza absoluta de que colocaremos gente qualificada, do que colocar qualquer um”, afirmou.

O plano do Aliança nos municípios é impulsionar candidatos por mandatos de deputados federais nos respectivos estados, por meio da associação da imagem dos parlamentares, que viabilizarão o consentimento dos nomes junto à Executiva Nacional. A estratégia, contudo, já se mostra desafiadora em meio à necessidade de emplacar pessoas de confiança. Zambelli reclama que, desde a convenção de fundação do futuro partido, na quinta-feira, várias pessoas começaram a se aproximar a fim de vincular candidatura a ela.

De quinta-feira par sexta-feira, o número de “aproveitadores” aumentou. “Estou tendo que lidar com um monte de casos de gente que, por exemplo, aproveitou o fato de ter feito um vídeo comigo na cerimônia, falando nas redes sociais que vai comandar o Aliança em algum município. Eu tô meio bronqueada com o excesso de pessoas na briga de poder para chegar ao partido. Isso me deixou meio cabreira em apoiar alguém no próximo ano. É ruim uma coisa nascer já desse jeito”, criticou.

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