Talento ludovicense no xadrez e nas artes
Atual campeã do Circuito Ludovicense de Xadrez Escolar, Giovanna Piovacari vem se destacando na cena esportiva pelos títulos conquistados nas últimas competições
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Reprodução
Uma jovem de 17 anos é um dos grandes destaques do xadrez maranhense, categoria sub-18, rápido absoluto. Giovanna Piovacari vem acumulando títulos nos Jogos Escolares Maranhenses (JEMs) desde 2015. Em 2019, acaba de conquistar o pentacampeonato da modalidade. Também é atual campeã do Circuito Ludovicense de Xadrez Escolar.
Seu maior desejo, no momento, é repetir a performance no II Campeonato Sul-Americano Escolar, que será disputado em Foz do Iguaçu-PR, promovido pela Confederação de Xadrez das Américas. “Agora na nova categoria sub 18, espero que que ela consiga patrocínios para poder jogar campeonatos fora do Maranhão para que possa evoluir ainda mais no xadrez. É o que desejo”, enfatiza sua mãe Fabiana Almeida. Giovanna também impressiona pela facilidade que tem de se comunicar com as pessoas e pelo talento nas artes, inclusive entende o idioma japonês sem ter frequentado um curso especializado. Nessa entrevista exclusiva a O Imparcial, Giovanna fala um pouco sobre aquilo que faz porque gosta.
O IMPARCIAL – Giovanna, desde quando você despertou interesse pelo xadrez e como foi o começo?
GIOVANNA PIOVACARI – Aos 12 anos, depois de sair da natação, eu encontrei uma sala que nunca tinha visto na escola, como qualquer criança eu fiquei curiosa e resolvi entrar, a sala de xadrez era pequena mas tinha muita gente ( bem energéticas por sinal). O professor Gilson me ensinou a mexer as peças e me inscreveu no meu primeiro campeonato. Desde então eu participo de todos que posso e me apaixono cada vez mais pelo esporte.
E qual foi a reação de seus pais no que se refere ao incentivo para continuar se dedicando ao xadrez?
Estão sempre ao meu lado, principalmente minha mãe, que me leva aos treinos e às competições.
Você ainda recorda a primeira competição que disputou? Onde e como foi seu desempenho?
Sim. Ainda nem treinava xadrez, mas como sempre aparecia na sala depois da natação, o professor Gilson, do Divina Pastora, me convidou para ir ao Circuito Escolar, no Colégio Dom Bosco. Fiquei em quarto lugar e daí passei a frequentar os treinos.
Competições dentro e fora do estado
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GOIVANNA conta com o aopoio da mãe Fabiana Almeida
Quais os títulos mais importantes que você conquistou até o momento, inclusive os mais recentes?
Dentre os que conquistei destaco os Jogos Escolares Maranhenses de 2015 2016,2017,2018 e agora o de 2019 e ainda o Campeonato Feminino de Xadrez Rápido de 2019.
E qual próxima competição nacional ou internacional que você pretende disputar e mostrar seu talento?
Em outubro disputarei o Campeonato Maranhense por categoria, em novembro vou para Blumenau, disputar os Jogos Escolares da Juventude, e se conseguir apoio irei jogar o Campeonato Sul-Americano de Xadrez Escolar, no final do ano, em Foz do Iguaçu. Participar de uma edição do Floripa Open Chess também é um sonho.
Quem mais acreditou no teu talento e te ajudou a desenvolver a prática desse esporte?
Agradeço principalmente ao meu primeiro técnico de xadrez, professor Gilson do Divina Pastora, que me apresentou aos 12 anos o tabuleiro de xadrez, a Alexandre Azevedo meu primeiro técnico de tática e estratégia e ao meu técnico atual Nicolau Leitão que aprofundou ainda mais meus conhecimentos.
Muita gente gostaria de participar desse esporte. O que é mais difícil para entender e competir no xadrez?
Depois de aprender os movimentos das peças, só é preciso se esforçar para estar um passo a frente de seus adversários. É preciso desmistificar que o xadrez é um jogo difícil, como qualquer outro esporte é preciso ter prática e estudo. Qualquer um que faça isso, consegue jogar xadrez.
Você, com tanto talento, pretende continuar no Brasil ou já sonha em dar “voos” mais altos?
Meu foco é trabalhar fora do Brasil como design de jogos e não pretendo deixar de jogar o xadrez, pois faz parte da minha vida e me fascina.