Polícia Federal prende madeireiros por desmatar reserva dos Araribóia
A denúncia foi feita pelos índios que integram o grupo Guardiões da Floresta
Oito homens foram presos pela Polícia Federal de Imperatriz na manhã dessa sexta-feira,6, no município de Arame no Maranhão a 447 km da capital, por exploração ilegal de madeiras na reserva Araribóia. O grupo de madeireiros foi descoberto e denunciado pelo grupo “Guardiões da Floresta”, que cuidam da área.
Na reserva Araribóia vivem índios de duas etnias, os Guajajara e os isolados na floresta Awa Guajá. A terra indígena tem mais de 400 mil hectares e possui cerca de 14 mil índios habitantes na área, divididos em 140 aldeias.
A madeira seria vendida para um fazendeiro de Açailândia. No acampamento foi encontrado um controle de tudo que era feito com a madeira extraída do local, como a quantidade de estacas cortadas e o valor que eram repassadas.
Segundo informações dos índios, a presença de madeireiros na área é algo comum, e contam com a ajuda de outros índios para adentrarem na reserva. O grupo prestou depoimento para a Polícia Federal de Imperatriz, que irá decidir após os tramites de investigação por quais crimes irão responder.
O chefe da Fundação Nacional do índio (FUNAI), informou que os índios envolvidos no crime também serão penalizados e que nessa época os madeireiros procuram a área por conta do verão amazônico.