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Maranhão registrou 20 casos de coqueluche

Apesar da diminuição dos casos no Brasil nos últimos anos, esta doença infecciosa aguda pode ser fatal para as crianças. Ministério da saúde está reforçando a importância da vacinação infantil

Reprodução

Levantamento realizado pelo Ministério da Saúde aponta que o Maranhão registrou 20 casos de coqueluche em 2018, a informação foi revelada no início desta semana e mostra o número de casos por estados e regiões de todo o Brasil.

A coqueluche é uma doença respiratória altamente contagiosa. É geralmente marcada por uma tosse severa e seca, seguida por uma ingestão aguda de ar que soa como “grito” .

A preocupação com a incidência da doença principalmente na capital maranhense já havia sido identificada na pesquisa Ocorrências de casos de coqueluche na população pediàtrica do município de São Luís-Ma no ano de 2017 que tem como autoraFrancisca Bruna Arruda Aragão e os co-autores Joelmara Furtado dos Santos Pereira , Ana Patrícia Fonseca Coelho Galvão , Josiedna Abreu Pinheiro , Gerusinete Rodrigues Bastos dos Santos.

O estudo que foi publicado em dezembro de 2018, na primeira edição do Anais da XXVI Jornada de Parasitologia e Medicina Tropical do Maranhão e VI Congresso Maranhense de História da Medicina, em São Luís.

Objetivo tinha como foco, verificar a prevalência de coqueluche em crianças diagnosticadas e notificadas menores de 15 anos, no município de São Luís do Maranhão.  Segundo, os pesquisadores trata-se de uma pesquisa quantitativa e descritiva, de natureza exploratória, e de caráter retrospectivo, realizada através do Sistema de Informação de Agravo de Notificação (SINAN) no município de São Luís do Maranhão, ano de 2017. O número total de casos notificados foram 11 no ano de 2017.

Durante o levantamento observou-se que das crianças estudadas, os menores de um ano é a faixa etária mais atingida pela coqueluche. Em relação ao sexo mais atingido pela doença foi o feminino e a predominância na raça parda.

De acordo com relação dos casos confirmados por evolução segundo município de notificação por cura foi 10 no total. Além do mais, no primeiro semestre do período compreendido, encontrou-se prevalência de casos de coqueluche no ano de 2017 com episódio maior nos meses de março e julho. Portanto, ressalta-se que o grupo mais atingido e de maior risco para a doença é o de menores de um ano, faixa etária de risco clássico, todavia acredita-se que o aumento dos casos neste grupo dar-se pela suscetibilidade nas demais faixas etárias, levando em consideração que a imunidade diminui com o passar dos anos.

No estudo, os pesquisadores salientaram que esta enfermidade ocorre mundialmente, ocorrendo sem padrão sazonal, porém existem literaturas que descrevem um aumento no período do verão e do outono. Assim, o estudo é relevante, uma vez que amplia o conhecimento da enfermagem e reforça aos profissionais a importância do mantimento de coberturas vacinais elevadas.

Prevenção por meio da vacinação infantil

A morte de um bebê com menos de seis meses de idade em Pernambuco, recentemente confirmado como caso de coqueluche pela SES – Secretaria Estadual de Saúde, reforça a importância da prevenção por meio da vacinação infantil. O estado vai na contramão da tendência nacional de diminuição dos casos da doença, sendo o mais afetado do Nordeste e já teve um aumento de mais de 200% no número de notificações em relação aos cinco primeiros meses do ano passado.

Segundo o Ministério da Saúde, em 2014, a incidência nacional da coqueluche era de 4,2 casos por 100 mil habitantes, tendo diminuído para 1 caso por 100 mil habitantes em 2018, ano em que atingiu 2.079 pessoas. No entanto, quando não há prevenção e a doença infecciosa aguda é transmitida, os pacientes têm o aparelho respiratório (traqueia e brônquios) comprometido e sofrem de espasmos violentos de tosse seca. Em lactentes, como foi o caso em Pernambuco, pode resultar em número elevado de complicações e em morte.

Em 2018, São Paulo foi o estado que mais teve casos registrados, 455, seguido por Pernambuco, 371; Minas Gerais, 235; Paraná, 178; Rio Grande do Sul, 167; e Bahia, 134. Isso mostra a quão extensa é a área afetada e como as campanhas de vacinação ainda precisam avançar para minimizar o sofrimento causado pela bactéria Bordetella pertussis, agente causador da coqueluche.

A vacina ainda é a melhor forma de proteger as crianças contra a coqueluche. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) utiliza em seu calendário vacinal a vacina pentavalente, que protege contra a coqueluche e outras quatro doenças da infância: difteria, tétano, hepatite B e Haemophilus tipo b. Já na rede privada, é possível encontrar a vacina hexavalente que protege contra essas cinco doenças e a poliomielite.

Tabela do Ministério da Saúde sobre os casos de coqueluche no Brasil em 2018:

Região Norte 70
Rondônia 5
Acre 3
Amazonas 17
Roraima 6
Pará 23
Amapá 2
Tocantins 14
Região Nordeste 628
Maranhão 22
Piauí 27
Ceará 13
Rio Grande do Norte 22
Paraíba 2
Pernambuco 371
Alagoas 35
Sergipe 2
Bahia 134
Região Sudeste 803
Minas Gerais 235
Espírito Santo 73
Rio de Janeiro 40
São Paulo 455
Região Sul 412
Paraná 178
Santa Catarina 67
Rio Grande do Sul 167
Região Centro-Oeste 166
Mato Grosso do Sul 37
Mato Grosso 27
Goiás 29
Distrito Federal 73
BRASIL 2.079
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