DIA DAS MÃES

Adoção rara em tamanho família

Cadastro Nacional de Adoção mostra que o número de pessoas interessadas em adotar adolescentes não chega a 1% no Brasil. Conheça família que pratica a adoção rara

Reprodução

O Dia das Mães está chegando. Que tal se inspirar em uma história de amor? O casal Viviane Medeiros do Amaral Nogueira, 47 anos, engenheira, e Cláudio Martins Nogueira, 54 anos, psicólogo, é de Belo Horizonte e tem uma história de amor para contar. Uma história de adoção que será compartilhada por eles para, quem sabe, inspirar outras pessoas a pensar na possibilidade de adotar um adolescente.

A convite do AME- Grupo de Apoio a Adoção, de São Luís, eles vieram contar sobre um caso raro de adoção e de um amor inexplicável. Eles adotaram Williams um pouco antes dele completar 18 anos e vão falar sobre isso em dois eventos hoje, sexta-feira, dia 10 de maio. Um às 10h15, em evento no Centro Cultural do Ministério Público (Canto da Fabril, Centro) e outro no Sebrae Jaracati, às 18h30. “Vi meu filho pela 1ª vez na Campanha Adote um Pequeno Torcedor promovida pelo Tribunal de Justiça de Recife, em 2016. Na 1ª vez que o vi manifestando o desejo de ter uma família, eu já o reconheci como meu filho. Foi incrível, foi mágico, foi divino! Meu marido e meu filho mais velho também o adotaram logo que o viram. Ele era nosso!”, conta Viviane.

Segundo ela, sua gestação durou 5 meses, e o filho nasceu em maio, poucos dias antes do Dia das Mães! “Foi meu presente, minha bênção! Ele nasceu grandinho, mas coube no meu abraço e no meu colo! Preencheu minha vida de amor! Pude, mais uma vez, exercer a maternidade em toda a sua plenitude!”.

Quando o processo de adoção começou, em janeiro de 2016, Williams tinha 17 anos. Em março, ele completou 18 anos. E, em maio, a adoção foi confirmada.

Mãe de Lucas Amaral aos 17 anos, Viviane conheceu há 12 anos o marido, o psicólogo Cláudio Martins Nogueira, hoje com 55 anos, que é pai de Davi. Agora, Lucas, Williams e Davi formam a família de Viviane e Cláudio. Porém, a família ainda não está completa. De acordo com o casal, já há um estudo para adotar outro filho, e a idade, mais uma vez, não vai fazer diferença. “Amor não tem idade”, conta Cláudio Martins.

Poucas adoções de adolescentes

Mais de três mil jovens de 17 anos esperam adoção no Brasil. De acordo com o Cadastro Nacional de Adoção, o número de pessoas interessadas em adotar estes adolescentes não chega a 1%.

Dados do CNA apontam que 88% de quem espera uma família nas instituições de acolhimento são maiores de 8 anos, mas apenas 4,5% dos inscritos para adotar (pretendentes) aceitam crianças e jovens nesta faixa etária. Por isso, a AME traz à tona a discussão.

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