Remédios ficarão mais caros a partir de domingo
Os consumidores deverão pesquisar e analisar mais antes de comprar porque a concorrência vai ditar os preços.
O reajuste anual nos preços dos medicamentos foi autorizado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) e o valor acertado foi de até 4,33% de reajuste, valor maior que a inflação do ano de 2018 que, de acordo com o IBGE, foi de 3,75%
Nos anos anteriores, o aumento era feito de acordo com o tipo de remédio, levando em consideração a quantidade de genéricos, agora, porém, o teto vale igualmente para todos. Em 2018, o reajuste foi definido entre 3 categorias diferentes de substâncias, definidas pelas concorrências, mas o valor máximo foi de 2,84%.
Mesmo com o reajuste máximo para este ano, o reajuste pode ser menor, por causa da concorrência e do estoque. O presidente executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma), Nelson Mussolini, explicou ao Portal Uol: “Farmácias trabalham com estoque, é possível que o consumidor ainda encontre o preço anterior meses depois em alguns locais.”
Mussolini alega que o índice do reajuste autorizado deste ano deverá repor os custos do ano passado, quando o setor farmacêutico teve seus negócios encarecidos pela alta do dólar.
O aumento de 4,33% foi calculado com base na inflação, descontando a produtividade da indústria farmacêutica e acrescentando os custos de produção não captados pelo IPCA, Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, como a variação cambial.
“Sempre falamos para o consumidor: procure o melhor preço para comprar, você pode encontrar medicamentos em locais que tiveram um repasse menor (…) Acredito que a lei do mercado seja a principal reguladora.” Finaliza Nelson Mussolini.