COMEMORAÇÃO

Oito histórias atípicas do dia-a-dia de carteiros em São Luís

Neste dia 25 de janeiro, comemora-se o Dia do Carteiro. A cada rua, uma história. Confira algumas delas!

João Pedro Brito se preparando para entregar as cartas. Foto: Giovana Kury/O Imparcial

Não deve ser fácil ser responsável pela transmissão de mensagens físicas diariamente em toda a cidade. É o que confirmam os carteiros, cujo dia-a-dia, embora pareça corriqueiro e repetitivo, abarca todos os tipos de emoção – desde o medo até o carinho pelos moradoras das ruas frequentadas durante o experiente.

Com áreas de entrega divididas em distritos, os profissionais entram em contato direto com empecilhos e charmes do cotidiano. Atualmente, os Correios entregam cerca de 6 bilhões de objetos postais em todos os cantos do país. Cada rua, cada carta, rende uma história; e algumas dessas histórias são contadas a O Imparcial nesta sexta-feira (25), Dia do Carteiro, por esses próprios mensageiros de São Luís. Confira!

Cachorro versus carteiro

Elías Machado, carteiro há 33 anos

“Tinha um cachorro que, quando eu entrava na rua, ele não me atacava, só acompanhava meu trajeto e latia. Quando eu dobrava a esquina, ele voltava. Certa vez, eu cheguei na rua e senti falta dele. Quando perguntei pra vizinha, ele tinha morrido. Ele não me mordia. Mas esse era uma exceção. Já fui mordido cinco vezes. Uma vez, eu fui pegar a carta para a senhora e ela abriu o portão. O cachorro veio entre a fresta e me mordeu. Tive que tomar dezesseis vacinas. Cachorro com carteiro não tem compatibilidade. O pessoal diz ‘ele não morde não’, e eu digo ‘ele não morde com o rabo’. Qual é o animal que tem boca e dente que não morde? Cachorro não é ser humano, ele morde por instinto. Menos aquele primeiro. Ele era meu guarda-costas.”

Problema de raiva

Abílio César Moraes, carteiro há 5 anos

“Às vezes, as pessoas esquecem que temos muitas coisas para entregar, e acabamos entrando no mesmo endereço várias vezes, mas não necessariamente na mesma casa. Uma vez, eu estava efetuando uma entrega e passei na mesma rua duas vezes. Da segunda, um senhor em um táxi parou e me chamou. Eu não fui, só disse: ‘pode falar, meu patrão’. Ele desceu, chegou com uma mão na cintura e disse: ‘olha, tu diz lá para o teu responsável que eu vou dar um tiro no carteiro. Já estou cheio de receber correspondência no meu endereço’. Eu falei: ‘você mesmo pode dar esse recado para ele’, e fui saindo. Ele sacou a arma e disse que, se eu levasse alguma carta pra ele, ele iria atirar. Eu consegui sair e passei muito tempo sem entregar naquela área. Depois de uns dias, descobri que ele nem era morador de lá. Só estava com raiva de raiva e resolveu descontar em mim.”

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