CASO BACABBAL

Uma semana após assalto milionário no Maranhão, caminhoneiro segue desaparecido

Durante o assalto em que quadrilha fortemente armada pode ter roubado R$ 100 milhões, pernambucano afirmou por mensagem estar sendo mantido como refém; seu caminhão teria sido usado pelos bandidos para transportar o dinheiro

Uma semana após o assalto milionário em Bacabal, interior do Maranhão, onde uma quadrilha fortemente armada pode ter roubado aproximadamente R$ 100 milhões, o caminhoneiro pernambucano Obadias Pereira da Silva, de 44 anos, segue desaparecido.

Durante o crime, Obadias entrou em contato com a família por mensagem de áudio, informando que estava sendo feito refém. “Eliúde, neste momento eu tô aqui como refém, aqui na estrada. Tão explodindo banco e eu tô na BR aqui. Oia os tiro. Só Deus aqui, visse? É tanto tiro e eu tô aqui como refém. Aqui na cidade do Maranhão em Bacabal. Tá me dando uma tontura aqui, visse? Nunca passei por isso não ”, disse o motorista.

Segundo a polícia, o caminhão dele foi utilizado para transportar o dinheiro roubado e depois queimado no meio do mato. Após perícia, foi constatado que nenhum corpo estava no veículo ou próximo a ele. Assim, acredita-se que Obadias esteja vivo.

“Ele é o único refém que não apareceu. Provavelmente ele saiu do seu veículo e dirigiu o caminhão usado pelos criminosos. Se ele tivesse morrido, o corpo já teria sido achado. Tudo indica que ele ainda está sendo feito refém.”, afirmou o delegado Luciano Bastos, para o diário Jornal do Commercio de Pernambuco.

“Estamos com uma outra linha de investigação para saber se ele era vítima ou estava envolvido no crime com os outros”, completou o delegado

Pelas redes sociais, a família de Obadias vem buscando informações do paradeiro e divulgando correntes religiosas para encontrar o caminhoneiro.

Oi Amigos! Preciso da ajuda de vcs, meu tio estar desaparecido… Ele se chama OBADIAS PEREIRA DA SILVAEle é…

Posted by Lene Monte on Tuesday, November 27, 2018

O Assalto

No total, 30 homens teriam participado do roubo, que resultou na morte de três bandidos e de um morador de Bacabal, identificado como Cleonir Araújo.

Há suspeita da formação de uma extensa rede de pessoas que forneciam informações estratégicas e facilitavam o deslocamento dos criminosos. Um policial militar do Piauí, um bombeiro, um delegado e um investigador da Polícia Civil do Maranhão, além de dois advogados, foram presos sob suspeita de ligação com o crime.

A secretaria de Segurança Pública do Estado do Maranhão afirmou que 300 policiais chegaram a participar da operação de busca pelos fugitivos. O assalto pode ter sido articulado fora do país, provavelmente no Uruguai, comandado pelo criminoso José Francisco Lumes, do Zé de Lessa.

Interpol, Polícia Federal, Polícia do Uruguai e a Secretaria de Segurança maranhense estão trocando informações com intuito de prender o líder do bando e os demais marginais, que tocaram o terror e deixaram um rastro de destruição em Bacabal. A delegacia regional e o quartel da PM foram metralhados e sete veículos, incendiados. A agência do Banco do Brasil, segundo a polícia, que é o centro distribuidor de dinheiro da região, foi destruída pela explosão.

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