IMPORTUNAÇÃO SEXUAL

Suspeito de ejacular em mulher é linchado no Terminal da Cohab

Caso aconteceu na última quarta-feira (14), em São Luís. O vídeo que mostra a agressão viralizou na internet

Imagens do vídeo que circulou em redes sociais.

Na última quarta-feira (14), por volta das 19h40, um homem identificado como Ismael foi linchado no Terminal da Cohab, em São Luís. A justificativa, segundo testemunhas, foi ele ter ejaculado em uma mulher dentro do ônibus. O vídeo das agressões foi gravado e circulou em redes sociais.

Segundo informações da polícia, quando a guarnição chegou ao local, a mulher já havia ido embora e não foi localizada. O homem agredido foi levado ao Hospital Socorrinho, no Cohatrac, mas não foi registrada nenhuma ocorrência contra ele.

“Para formalizar o flagrante, tem que haver tanto o autor quanto a vítima”, explica o Capitão Ricardo, do 20º Batalhão de Polícia Militar. O homem será atendido no hospital e solto em seguida, a menos que a mulher vá à delegacia prestar a queixa.

Com a chegada a PM, a população que participou do linchamento se dispersou, o que fez os autores da agressão também não serem identificados.

O vídeo que viralizou

Na última quinta-feira (15), circulou nas redes sociais o vídeo que mostra um homem sendo linchado no Terminal da Cohab. Junto ao vídeo, a informação de que ele teria ejaculado em uma mulher no transporte público e a população, consternada, decidiu agredí-lo.

No vídeo, várias pessoas cercam e agridem um homem a chutes e socos, enquanto algumas filmam a situação. Em certo momento, o homem tenta fugir mas é derrubado e agredido novamente. Alguns intervêm, pedindo para a violência parar, e o homem sai correndo.

Lei da Importunação Sexual

Em setembro deste ano, foi sancionada a lei que torna crime a importunação sexual – caracterizado pela realização de ato libidinoso na presença de alguém e sem seu consentimento. O caso mais comum é o assédio sofrido por mulheres em transportes coletivos.

“Historicamente, o aumento de pena e a criação de novos tipos penais não impactou na prática dessas condutas criminosas. Mas ela estabelece, minimamente, outro espaço de debate jurídico na medida quando reconhece tais práticas como passíveis de penalidade”, aponta a advogada Renata Cordeiro.

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