Sem cubanos, Maranhão precisa de 372 médicos em áreas de extrema pobreza
Novo edital abre 449 vagas no Estado; entre as cidades estão Fernando Falcão e Marajá do Sena, que possuem um dos piores índices de desenvolvimento humano do Brasil, sem esgoto ou saneamento básico
O edital emergencial Mais Médicos, publicado no Diário Oficial da União nesta terça-feira (20), revela que o estado do Maranhão precisa de 449 médicos em 154 cidades para suprir a ausência dos cubanos, que saíram de todo o Brasil após o Governo de Cuba e o presidente eleito Jair Bolsonaro entrarem em atrito.
Somente em áreas maranhenses de extrema pobreza são 372 vagas. Municípios como Fernando Falcão e Marajá da Sena, os dois piores índices de desenvolvimento humano do estado e um dos mais baixos do Brasil, sem esgoto e saneamento básico, estão na lista. Também constam regiões indígenas e de vulnerabilidade social.
A relação de todos os locais para os quais serão destinadas as vagas está no edital. Os selecionados receberão salário de R$ 11.865,60 por 36 meses, com possibilidade de prorrogação. As atividades dos médicos incluem oito horas acadêmicas teóricas e 32 em unidades básicas de saúde.
Inicialmente, estão abertas vagas para os médicos brasileiros com inscrição no Conselho Regional de Medicina (CRM) ou com diploma revalidado no país. O Ministério da Saúde estima que no próximo dia 27 haverá a abertura de nova chamada para os médicos brasileiros formados no exterior e estrangeiros.
Os profissionais podem se inscrever no site Mais Médicos. A previsão é de que um grupo comece a trabalhar no próximo dia 3 de dezembro.