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Saneamento básico ainda é problema no Maranhão

Relatório da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que o investimento anual por habitante em saneamento básico no Maranhão é abaixo da média nacional

Estação de tratamento

Dados da recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PNADC) apontam que o Maranhão cresceu no tocante ao atendimento do saneamento básico em  três anos.  Entre 2014 e 2017, o índice de domicílios ligados à rede coletora cresceu 62%.

Entretanto, mesmo com esses avanços, um levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresentado em seminário na manhã de ontem, em Brasília, mostra que o investimento anual por habitante em saneamento é inferior à média nacional, que é de R$ 188,17. “O valor aportado no setor reflete diretamente na falta de esgotamento sanitário: 12,1% da população maranhense tem acesso à coleta de esgoto. Desse total coletado apenas 41% é tratado. Em relação ao abastecimento de água, o índice do Maranhão é de 54,7% contra 83,3% da média brasileira”, aponta o levantamento.

De acordo com nota da Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema), em 2014, segundo o IBGE, o Maranhão tinha 12,64% dos domicílios ligados à rede coletora ou com fossa séptica ligada à rede coletora. A partir daí – continua a nota-, houve avanço ano a ano. Em 2015, o índice subiu para 15,78%. Em 2016, para 17,5%, e 19,5% em 2017. Em números absolutos, o salto foi de 242 mil para 394 mil, uma alta de 62%.

O relatório da CNI aponta resultados na iniciativa privada, a exemplo do atendimento de água em Paço do Lumiar, que passou de 43% para 60% da população entre 2014 e 2016, período em que o investimento foi multiplicado por 36, chegando a R$ 8,7 milhões. Até 2022, a iniciativa privada prevê investir R$ 373 milhões no estado.

“Trinta e sete cidades maranhenses têm política de saneamento.  82 dos 217 municípios do estado registraram, em 2017, doenças relacionadas à falta de saneamento básico. Entre as principais endemias e epidemias que atingem a população estão diarreia, verminoses, dengue, chikungunya e zika”, diz o relatório.

De acordo com a Caema, “o Maranhão ainda tem um índice frágil no saneamento básico, mas em três anos já foi revertida parte significativa dos problemas acumulados em cinco décadas. De acordo com a PNAD, 64,8% dos domicílios têm fossa sem ligação com a rede. E 11,2% têm outra forma de esgotamento”.

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Diz a Caema que, desde 2015, o Governo do Estado tem investido em saneamento “com  mais de 150 quilômetros de novas redes coletoras e interceptores instalados. Além disso, todo o esgoto que entra nas ETEs Vinhais, Jaracati e Bacanga é tratado de acordo com os padrões ambientais exigidos”.

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