No ranking dos estados brasileiros, de janeiro até o dia 16 de novembro, o Maranhão é o terceiro em focos de incêncio perdendo apenas para os estados do Mato Grosso, que teve 17.472 e o Pará, que lidera com 18.380. Em se tratando deste mês de novembro, até agora o Maranhão está em segundo com 1.075 focos. O Pará ainda é o estado com mais ocorrências no Brasil, 3.569. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) realiza o monitoramento diário em todo o país

A boa notícia é que nas últimas 48 horas nenhum foco foi registrado no estado. Esse número atual, embora ocupe a terceira colocação, é menor do que o registrado no ano passado, em igual período, que foi de 21.323, representando 44% a menos.

No estado, o período de maior risco de queimadas na região sul do Maranhão é entre os meses de agosto e setembro, quando a umidade relativa do ar atinge níveis baixos, em torno de 30% em algumas horas do dia. O tempo seco e o vento fazem com que as chamas se propaguem rapidamente.

O monitoramento diário feito pelo INPE, via satélite, tem ajudado na prevenção e combate a queimadas no Maranhão. Para o Corpo de Bombeiros e Defesa Civil, elas passaram a servir de alerta também para as corporações e secretarias de Meio Ambiente espalhadas em todo o estado.

“Com o alerta do monitoramento as equipes podem se deslocar mais rápido, podemos contar com equipes de diferentes municípios para atuar em uma mesma região e diminuir os efeitos da queimada”, afirmou o major do Corpo de Bombeiros e coordenador adjunto de Proteção e Defesa Civil do Estado, Jairon Moura.

De acordo com os monitoramentos, mesmo ainda sendo grande o número de queimadas no estado, a quantidade delas tem diminuído. No comparativo do ano de 2017 para 2918 de registros de focos de queimada, informação fornecida pelo INPE, a redução foi de 44 por cento, até agora.

Ações de prevenção também têm sido realizadas pelo Corpo de Bombeiros e Defesa Civil para combate ao alto índice de queimadas no Maranhão, além da atenção especial às localidades que mais registram focos de calor. A ausência de chuvas e a ação humana já foram identificados como principais motivos da ocorrência de queimadas no estado.

Verba para combate

Recentemente foi aprovada verba para Maranhão de R$ 35 milhões para combater incêndios florestais e queimadas não autorizadas no Maranhão. A aprovação foi na 25ª Reunião do Comitê Orientador do Fundo Amazônia (COFA), em Brasília, com a participação do secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais, Marcelo Coelho.