“Decreto não atinge os servidores”, diz secretário da Casa Civil sobre corte de gastos administrativos
Segundo o governo, o decreto de Flávio Dino que determina cortes nas despesas administrativas serve de proteção contra a crise nacional.
O secretário da Casa Civil, Marcelo Tavares, afirmou que o corte de gasto assinado em decreto pelo governador Flávio Dino (PCdoB) não atingirá os servidores. A declaração foi dada em entrevista à Rádio Difusora FM.
Os cortes atingirão despesas como transporte, telefones e diárias. Tavares confirmou que não serão feitas demissões: “Todo o esforço é no sentido de não trazer nenhum tipo de prejuízo à população. E a determinação do governador Flávio Dino é preservar o servidor público estadual. A determinação é que não atinja os servidores”.
Tavares frisou também que os cortes não abrangem os investimentos. “Já temos há alguns anos um controle mais severo das despesas, mas sempre é possível melhorar”, disse o secretário.
Segundo o governo, com a crise econômica as transferências da União para o Maranhão diminuíram consideravelmente. Especula-se que o Estado deixou de receber mais de R$ 1,5 bilhão desde 2015.
Em nota, o governo afirmou que uma dívida feita em dólares pela gestão Roseana Sarney também compromete as finanças do Maranhão, uma vez que com o aumento da moeda, essa dívida também aumentou.
“A gente imagina que 2019 será um ano difícil para a economia brasileira e, consequentemente, para a economia maranhense. Temos que fazer o dever de casa, ou seja, nos prepararmos para um ano de dificuldade”, acrescentou.
“Se tivermos um ano de crescimento, muito melhor, porque estávamos preparados para as dificuldades. Estamos fazendo o dever de casa para enfrentar o ano de 2019 se ele for difícil.”
Os cortes
Entre os cortes , está o da frota de veículos alugados. Em até 30 dias, todas as pastas e órgãos do governo vão ter que reduzir as despesas até o limite que não prejudique os serviços oferecidos à população.
Também serão suspensas novas diárias e aquisição de passagens aéreas entre 1º de dezembro deste ano e 15 de março de 2019, tanto para civis quanto para militares. Exceções a essa medida terão que ser solicitadas e serão analisadas pela Casa Civil.
Outra medida é o corte de pelo menos 40% dos serviços de telefonia, além das reduções de preços nos contratos vigentes. Segundo o governo, o decreto de Flávio Dino que determina cortes nas despesas administrativas serve de proteção contra a crise nacional.