CIDADANIA

Mulheres do Cajueiro recebem orientações sobre câncer de mama

Foram oferecidos atendimentos com clínico geral e ginecologista, testes de HPV, Hepatite 1 e 2, Sífilis, Glicemia, aferição de pressão arterial e palestras sobre prevenção e tratamento do câncer

Reprodução

Cerca de 40 mães de alunos da Unidade de Ensino Básico Manuela Varela, única escola da comunidade Cajueiro, participaram, na última sexta (19), de atividades de conscientização sobre os riscos do câncer de mama. A ação foi desenvolvida pelas contratadas do Porto São Luís, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde. Foram oferecidos atendimentos com clínico geral e ginecologista, testes de HPV, Hepatite 1 e 2, Sífilis, Glicemia, aferição de pressão arterial e palestras sobre prevenção e tratamento do câncer.

Como não há posto de saúde na comunidade, o atendimento mais próximo é na Vila Maranhão, a 10 quilômetros do Cajueiro. Segundo a diretora da escola municipal que atende 150 alunos da creche ao Ensino Fundamental, Raquel Freitas, foi a primeira vez que foram realizadas ações da campanha Outubro Rosa na escola. “Ações como estas são importantes, pois muitas mulheres não têm como se deslocar para a Vila Maranhão”, diz ela.  

Um exemplo é Judith da Silva, 66 anos. Ela tem 12 filhos e diz que nunca fez o exame de mamografia, recomendado para ser feito anualmente a partir dos 40 anos. “Achava que não precisava, pois nunca senti nada diferente no meu corpo”, diz ela.  Após ouvir a palestra da especialista em Saúde da Família, Gleusa Vieira, sobre os riscos do câncer de mama e da probabilidade de 95% de cura da doença em casos descobertos no início, ela mudou de ideia. “Vou começar a me cuidar”, garantiu.

O foco da campanha Outubro Rosa é para prevenção do câncer de mama, mas os médicos alertam para os demais tipos de câncer, como o de útero. Uma das moradoras de 32 anos que prefere ser identificada apenas pelas iniciais E.V.S. participou da ação e contou que não imaginava que o inchaço que sentiu na última gravidez era um sintoma do HPV, doença considerada sexualmente transmissível.

Ela tem cinco filhos, na faixa etária de 4  e 12 anos, e diz que sua atenção sempre foi para o atendimento médico nas crianças, inclusive porque duas delas possuem deficiência de aprendizagem. “Na última gravidez, percebi um inchaço anormal e só fui descobrir porque resolvi fazer o exame. Se tivermos mais ações como essa aqui, as mulheres podem aprender que não podem ter a vergonha que eu tive de fazer os exames ginecológicos, pois é a nossa vida que está em jogo”, diz ela. “Quando soube que estava com câncer de útero, quase entrei em depressão, chorei muito, não dormia, mas depois fui tentar resolver. Agora, aguardo o resultado para saber que tipo de tratamento será mais adequado ao meu caso”, conta ela.

A ação de saúde faz parte do projeto de instalação do empreendimento, um Terminal de Uso Privado, em construção na comunidade Cajueiro, próximo à Vila Maranhão. A estimativa é que outras atividades sejam oferecidas para a comunidade.

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