RUA GRANDE

Obras da Rua Grande começam semana que vem

Obras de requalificação chegam à Rua Grande, um dos pontos mais aguardados pelos usuários. A expectativa é também de parte dos lojistas e ambulantes, mas com receio de prejuízos nos negócios

Já é longo o período em que se ouve falar dos problemas estruturais de uma das ruas mais tradicionais e que por décadas foi o principal centro comercial de São Luís. Com a segmentação de vários setores do comércio para outros bairros da cidade, em shoppings e centros comerciais, a Rua Oswaldo Cruz, carinhosamente chamada de Rua Grande, foi sendo pouco a pouco deixada de lado e com ela seguravam-se as memórias da sua importância para história da cidade.

Foi só com o anúncio de que todo esse espaço seria renovado, passando por mudanças que beneficiariam todas as empresas e usuários que por ali persistem, que um novo ânimo chegou. O Projeto de Requalificação Urbana da Rua Grande deve entregar, até o fim deste ano, a área das praças Deodoro e Pantheon, Alameda Gomes de Castro e Rua Grande completamente renovadas com um valor orçado em R$ 31 milhões, em recursos do Iphan, por meio do PAC das Cidades Históricas. Hoje o trecho de maior movimentação, a Rua Grande começa a passar por obras.

Saiba o que muda com a reforma da Rua Grande

Foto: Honório Moreira / O Imparcial

O que pensa o povo

Com toda essa área transformada literalmente em um canteiro de obras, muitas pessoas que passam diariamente por ali tiveram que mudar de rumo em certos pontos, além de se acostumar com algumas mudanças como retirada de abrigos, interdição de pontos e saída de barracas de ambulantes de locais onde seriam realizadas mudanças. As opiniões são bastante divididas sobre essas situações.

Há quem diga que os transtornos causados pela obra são muitos e os que querem ver um resultado final que traga vida e beleza a essa importante área do Centro de São Luís. As obras já estão em curso no setor onde mais se concentram lojas, ambulantes e onde o fluxo de pessoas é sempre intenso. Por isso, dentre as etapas do projeto, essa é uma das de maior importância.

Adaptação

Para muitas pessoas, ainda será um processo difícil de adaptação as obras na parte da Rua Grande, principalmente quando ela estiver ocorrendo em setores que possam atrapalhar as compras da população. Uma das reclamações mais frequentes, principalmente de quem trabalha com o comércio informal, é a falta de informações e certezas de como eles serão afetados com a obra.

Há trinta anos trabalhando no mesmo local, Jaldemir Pereira diz que o que sabe sobre as melhorias na Rua Grande é o que vê nos jornais. ele se diz preocupado com o futuro da sua banca quando a obra chegar no seu ponto. “A gente fica preocupado, né? Tem família para sustentar, e nunca falaram o que vai acontecer com a gente, nem o que vai ser feito depois que terminarem a obra. A maior preocupação é que a gente seja retirado daqui”. O ambulante conta ainda que esperava mais ações que beneficiassem os donos de loja, mas também o comércio informal e as pessoas que circulam pelo Centro para fazer compras, trabalhar ou resolver outros problemas.

Foto: Honório Moreira / O Imparcial

O que falta aqui são projetos sociais que funcionem e pensem em todos. Você vê que faltam estacionamentos no Centro, você anda por aí e não acha nenhum banheiro, nenhum local que possa atender às pessoas daqui e os turistas. Acho que deveriam construir, ou usar um prédio desses, uma praça para um shopping popular, que teria estacionamento, banheiros públicos, colocariam os ambulantes lá, cada um com seu box e em cima ainda poderiam colocar um restaurante popular. Assim você viria para o Centro e resolveria tudo o que quisesse, passaria o dia, se precisasse”.

 

VER COMENTÁRIOS
Polícia
Concursos e Emprego
Esportes
Entretenimento e Cultura
Saúde
Mais Notícias