13 ANOS E 9 MESES

Homem que matou namorada do ex-companheiro é condenado

Francisco das Chagas Ramos, o “Chiquinho”, matou a namorada do ex-companheiro com pauladas e uma facada no pescoço. O crime foi motivado por ciúmes

Foi condenado a 13 anos e 9 meses de prisão Francisco das Chagas Ramos, conhecido como Chiquinho, pelo assassinato e ocultação do cadáver de uma mulher. O crime ocorreu em janeiro de 2008, em uma granja no bairro Santa Bárbara, e foi julgado nesta segunda-feira, 5, no 1º Tribunal do Júri de São Luís.

O assassinato foi motivado pelos ciúmes que Francisco sentia do namorado da vítima, com quem mantivera relacionamento afetivo. Na sentença, consta que o “réu praticou o crime com requinte de crueldade e apresentou desprezo para com a pessoa da vítima; era capaz à época do fato e tinha pleno conhecimento da ilicitude de sua conduta”. Foi destacado, ainda, que não há nos autos laudo psicossocial firmado por profissional habilitado, e que no depoimento do acusado não foi notado qualquer comportamento que leve a suspeita de perturbação mental.

Francisco cumprirá pena em regime fechado, em Pedrinhas. O juiz concedeu ao réu o direito de recorrer da decisão do júri em liberdade, tendo em vista que ele confessou o crime, compareceu aos atos processuais para os quais foi intimado e não apresenta comportamento que coloque a sociedade em risco.

O júri foi presidido pelo juiz Flávio Roberto Ribeiro Soares. Atuaram na acusação a promotora de justiça Cristiane Lago e na defesa, o defensor público Adriano Campos.

O crime

De acordo com a denúncia feita pelo Ministério Público, Francisco dirigiu-se à casa da vítima e a convidou para ir até a granja onde trabalhava, dizendo que iria lhe entregar uma encomenda deixada pelo namorado. Quando Edilene Pereira chegou ao local, por volta das 12h, Francisco das Chagas aplicou-lhe duas pauladas na cabeça e uma facada no pescoço. Em seguida, ele enterrou o corpo no quintal do estabelecimento comercial.

Segundo os autos, o motivo do crime seria porque a vítima namorava Denilson Meneses Silva, com quem o acusado manteve um relacionamento homoafetivo. Ao ser interrogado, durante o julgamento, o réu confessou ter matado a mulher e disse não saber o motivo para ter cometido o crime, mas alegou que havia sido ameaçado verbalmente de morte, uns quatro dias antes, por ela. Também contou detalhes de como assassinou e enterrou o corpo da mulher.

Em seu depoimento, o namorado da vítima disse que tivera um envolvimento amoroso com o acusado por um período de mais ou menos 10 meses, mas havia rompido o relacionamento, e que estava namorando Edilene Pereira fazia apenas uma semana. A vítima tinha duas filhas pequenas.

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