GRANDE SÃO LUÍS

87% dos domicílios da região metropolitana têm conversor digital

Apesar da distribuição gratuita de conversores do sinal analógico para o digital, algumas pessoas ainda não realizaram a migração por não atender requisitos para o recebimento gratuito ou apenas pela falta de informação

Foto: Reprodução

O prazo para o desligamento do sinal de televisão analógico está quase no fim e, daqui a menos de um mês, apenas o sinal digital estará sendo transmitido nas redes abertas de TV. A partir do dia 28 de março, São Luís, assim como as cidades de Alcântara, Bacabeira, Bacurituba, Icatu, Paço do Lumiar, Raposa, Rosário, São Bento e São José de Ribamar, contarão com a qualidade do sinal que possui som e imagem sem ruídos ou falhas proporcionando melhor interação de telespectadores com a programação dos canais livres.

Nem todas as pessoas, no entanto, estão totalmente integradas às mudanças, correndo o risco de ficarem sem acesso a informação e entretenimento através de seus aparelhos assim que o sinal analógico for cortado. Apesar da distribuição gratuita de conversores do sinal analógico para o digital, algumas pessoas ainda não realizaram a migração por não atender requisitos para o recebimento gratuito ou apenas pela falta de informação.

De acordo com uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população do estado que possui televisores analógicos com conversor para receber o sinal digital de televisão aberta é de 53,7%. Na região metropolitana de São Luís, 87,7% dos domicílios têm conversor para receber o sinal. Para o Maranhão, foi um total de 290 mil conversores digitais que deveriam atender à população que ainda utiliza os televisores de tubo que não possuem o conversor integrado. Desde o início da distribuição de conversores, 60% dos kits chegaram às mãos de 184 mil famílias até o momento, deixando apenas uma margem tímida de pessoas ainda de fora do sinal digital.

Para o ambulante Jeferson Rodrigues, que ainda está fora dessa estatística, os valores dos conversores não estão agradando e, por isso, ele vai esperar para comprar uma televisão que receba o sinal digital diretamente. “Parece que todas as lojas aumentaram os preços, você não compra um conversor com menos de R$ 100. Em minha opinião, é melhor comprar uma televisão dessas que têm o conversor integrado, porque pelo menos ela é mais atual, e com qualidade melhor. Para quem ainda tem televisão, de tudo, vão ser dois gastos, com o conversor e mais na frente com a TV, que não funciona mais”.

Nas lojas, a procura por conversores e televisores tem sido constante, segundo o vendedor Jackson Freitas, que acredita que o ano de eventos esportivos de grande popularidade incentiva as vendas. “Além do sinal digital, que vai ser o único funcionando, este ano tem Copa do Mundo, então muita gente está trocando os televisores por mais modernos, e quem não têm TV digital não quer correr o risco de ficar sem sinal para ver os jogos. Acho que, até o meio do ano, as vendas vão crescer bastante”.

Encerramento inevitável

O desligamento do sinal analógico marcado para o fim de março não deve ter prorrogação, de acordo com o próprio presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Juarez Quadros, que esteve em São Luís no dia 26 de fevereiro, onde juntamente com o presidente da Seja Digital, Antônio Carlos Marteletto, falou sobre o processo de estabelecimento do sinal digital e realizou entrega de kits no ponto de distribuição localizado nos Correios do bairro Cohama.

Segundo Juarez, as metas de implantação do sinal digital no estado estão sendo alcançadas com tranquilidade restando apenas 100 mil kits a serem entregues. Por isso, o presidente da Anatel reforça que o desligamento analógico deve acontecer no prazo determinado. “Para que ocorra o desligamento do sinal analógico, seriam necessários que pelo menos 90% da população houvesse aderido ao sistema digital. Aqui no estado já registramos o percentual de 92%, de modo que o encerramento do sinal analógico deve acontecer seguramente em 28 de março”.

Sobre as entregas dos kits, Juarez Quadros lembrou que, mesmo após o encerramento definitivo do sinal analógico, a distribuição deve se estender por mais algum tempo, no intuito de alcançar todos os beneficiários. “Queremos entregar 100% dos kits. Portanto, a distribuição deve continuar por mais 30 a 45 dias após o desligamento do sinal analógico”.

Sendo digital

A Seja Digital, uma entidade não governamental e sem fins lucrativos, responsável por operacionalizar a migração do sinal analógico para o digital da televisão aberta no Brasil, foi criada por determinação da Anatel e vem tentando garantir que a população tenha acesso à TV Digital, oferecendo suporte didático, desenvolvendo campanhas de comunicação e mobilização social e distribuindo kits gratuitos com antena digital e conversor com controle para as famílias de baixa renda atendidas pelo governo federal. O kit gratuito com antena e conversor é destinado aos beneficiários de programas sociais do governo federal como Bolsa Família, “Minha Casa, Minha Vida”, Tarifa Social de Energia Elétrica, entre outros. Para saber se pode retirar um kit gratuito, é preciso acessar o portal sejadigital.com.br ou ligar gratuitamente para o número 147. Será preciso informar o NIS (Número de Identificação Social) ou CPF. Pelo site, basta clicar no botão buscar e, caso o nome esteja na lista, é só fazer o agendamento e buscar nos pontos de entrega informados. Para os usuários que não tiverem o nome na lista, basta preencher o formulário com dados de contato para que possa receber em primeira mão a orientação necessária sobre como preparar a residência para receber o sinal digital de TV.

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