Extorsão, assaltos e associação criminosa envolvendo outros policiais militares do Maranhão serão alguns dos crimes que os militares desaparecidos desde novembro de 2016 estariam envolvidos, de acordo com as investigações da Secretaria de Segurança Pública (SSP).

O desaparecimento do cabo Júlio César da Luz Pereira e do soldado Carlos Alberto Constantino Sousa ainda não foi solucionado, mas há indícios, segundo a SSP, que o sumiço não estaria relacionado com o exercício de atividades policiais líticas, mas, sim, com desentendimentos com outros componentes da quadrilha da qual fariam parte.

Esse suposto desentendimento teria começado porque os militares desaparecidos estariam levando vantagem sobre o resto do bando.

Recentemente, de acordo com informações da polícia, os assassinatos foram cometidos por um tenente e um major da Polícia Militar, que tiveram suas identidades preservadas.

Os suspeitos foram presos a pedido da delegada Nilmar da Gama Rocha à Justiça Militar e teve representação da Polícia Civil, que concluiu as investigações do caso. O juizado de Buriticupu não pode julgar o caso por se tratar de um crime militar. Logo, o caso foi encaminhado para a Justiça Militar.

Entenda

Os policiais Alberto Sousa e Júlio Pereira desapareceram no dia 17 de novembro, na cidade de Buriticupu. Na época, o carro que estava sendo usado pela dupla, pertencente ao soldado Carlos Alberto, foi localizado dias depois do desaparecimento em um assentamento na zona rural do município.

Além disso, no dia que desapareceu, o soldado Alberto Sousa se apresentou às 8h na 14º Companhia Independente da Polícia Militar. Ele nem chegou a cumprir todo o expediente, pois pediu ao seu superior para sair mais cedo. No dia seguinte, segundo a escala da polícia, o soldado estaria de plantão, mas não apareceu

Depois disso, duas informações chegaram à polícia sobre corpos encontrados em Arame e Zé Doca, mas nada foi encontrado nas buscas.