Ciência

Maranhense está na final de competição internacional

Felipe Costa fez Engenharia Civil no IFMA e está entre os 11 finalistas da etapa nacional do Festival de Ciência de Cheltenham – Inglaterra (FameLab)

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O ex-aluno do Instituto Federal do Maranhão (IFMA), Felipe Costa, está entre os 11 finalistas da etapa nacional do Festival de Ciência de Cheltenham – Inglaterra (FameLab). O festival tem o objetivo de promover a aproximação entre cientistas e público numa forma de incentivar as competências de comunicação oral entre os pesquisadores. Na competição, estudantes bolsistas de mestrado, doutorado, doutorado direto e pós-doutorado em diversas áreas inscreveram vídeos desenvolvendo algum conhecimento científico. A etapa que classificou Felipe para a final aconteceu na tarde desta terça-feira (2), no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro. A final está marcada para 5 de maio. O vencedor irá representar o Brasil na etapa internacional que vai acontecer na Inglaterra, entre os dias 6 e 11 de junho.

Para o pesquisador Felipe Costa o FameLab é uma forma de divulgar o conhecimento científico de forma mais didática para o grande público. “A princípio tive interesse de participar da competição para praticar a minha oratória, mas logo percebi o poder que o FameLab tinha de atrair o grande público para assuntos relacionados à ciência. Hoje eu encaro a competição como uma forma de difundir assuntos de grande importância para a nossa sociedade que de outra maneira não teriam tanto espaço na mídia”, explicou.

Felipe Costa estudou Engenharia Civil no IFMA Campus São Luís-Monte Castelo e conta a importância dessa formação em sua carreira acadêmica. “Durante a graduação sempre tive incentivo do Instituto para me aprofundar em pesquisas e esse estímulo foi fundamental. Na época eu tinha o objetivo de fazer intercâmbio no exterior e acreditava que uma instituição federal poderia me dar maiores chances de concretizá-lo, o que acabou acontecendo quando eu fui para os Estados Unidos por meio do Programa Ciências Sem Fronteiras”, disse.

Atualmente Felipe Costa é aluno de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil – construção e infraestrutura da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O programa possui a maior nota de recomendação (nota 7) da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Ele recebe bolsa de estudos por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Maranhão (FAPEMA).

O Festival de Ciência de Cheltenham – Inglaterra (FameLab) foi lançado em 2004 e acontece pela segunda vez no Bra­sil. Trata-se de uma parceria entre o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), a Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp) e o Museu do Amanhã. Em 2016 o FameLab esteve presente em 32 países.

Projeto de pesquisa sugere uma alternativa ao uso do concreto

No vídeo selecionado para a competição do Festival de Ciência de Cheltenham – Inglaterra (FameLab), Felipe Costa explica que o material mais consumido pelo ser humano depois da água é o concreto. E para produzir uma tonela­da de cimento é necessária a emissão de 600 kg de CO2 (gás carbônico) para a atmosfera, o que é equivalente a 2.300 ônibus rodando o dia inteiro. “Se continuar como está, a ex­pectativa é que até 2050 a pro­dução de cimento vai ser res­ponsável por 25% de toda emissão de poluentes no mundo”, afirma o pesquisador.

A solução, segundo ele, está na junção de um simples pozi­nho com a soda cáustica. “Sabe aquele pozinho da churrasquei­ra que sobra? Se misturar com um pouco de soda cáustica, a mistura desses dois ingredien­tes vai gerar um material pa­recido com o concreto que é o geopolímero. Esse material pode vir a ser um excelente substituto para o concreto e não vai emitir o tanto de poluição que eu falei”, explica.

A pesquisa que está sendo desenvolvida na UFRGS sob a orientação da professora Ana Paula Kirchheim (PPGCI) e do professor Erich David Ro­driguez (Imed). Atualmente há um grupo que estuda cimentos alternativos e engloba pesquisadores da Espanha e dos Estados Unidos.

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