Três empregadores do MA aparecem na ‘lista suja’ do trabalho escravo
No levantamento do Ministério do Trabalho aparecem os trabalhadores terceirizados de uma obra feita para a UFMA em Imperatriz
Depois de meses de disputa judicial, o Ministério do Trabalho divulgou a chamada “lista suja” do trabalho escravo, nesta quinta-feira (23), onde revela que três empregadores maranhenses estão entre os 68 acusados de manter trabalhadores em condições análogas à escravidão em todo o país.
De acordo com a lista, os locais onde foram registrados essas condições foram na Fazenda Sara, na BR-135, próximo ao município de Miranda do Norte; na Fazenda Grapia, na entrada de acesso à rodovia Carajás, perto do município de São Pedro da Água Branca; e em uma obra terceirizada da Universidade Federal do Maranhão (UFM), na cidade de Imperatriz.
Do total de empresas listadas, 10 são da área de construção. O imbróglio judicial se arrastou por pelo menos dois anos. Uma ação da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) questionou a lista suja no Supremo Tribunal Federal (STF), em dezembro de 2014.
No início de fevereiro, o juiz Rubens Curado Silveira, da 11.ª Vara do Trabalho de Brasília, manteve liminar que obrigava o governo federal a publicar em até 30 dias o Cadastro de Empregadores flagrados com mão de obra análoga à de escravo. A lista, no entanto, só foi publicada na quinta-feira, 23, à noite pelo governo.
A lista está disponível no site do Ministério do Trabalho.