Em abril, São Luís receberá o festival “Que a Terra Trema! SCA 2017”, que tem como objetivo chamar atenção para locais da capital e de Alcântara, que estão passando por situações consideradas de “ameaça de terra, legado e memória”. Na programação, já foram confirmadas mostras de música e cinema.

“Queremos dar importância à locais e comunidades que estejam passando por situações de ameaça de terra, legado e memória, com o Cajueiro, na área rural da Ilha, que passa por constantes ameças de sumir por conta da expansão do Porto do Itaqui, por exemplo”, explicou um dos coordenadores, Jean Bottentuit Duarte, ressaltando que o projeto tem como um dos pilares de pensamento as questões socioculturais.

Ainda segundo Jean, a ideia do evento é trazer um novo olhar para ocupações urbanas. O projeto traz tem como essência a ânsia em compartilhar abstrações artísticas e de fortalecer, através de debates e rodas de conversas, os processos culturais, ambientais e sócio-políticos das quais o Maranhão vive atualmente.

A programação será aberta em São Luís no dia 20 de abril e terminará quatro dias depois. O evento terá peças teatrais, artes visuais, manifestações circenses, palestras, rodas de conversa, shows, cinema, oficinas e debates. Entre elas, serão embutidas mostras como Sacola Sonora, Gran Circo Sacola, Mostra Babaçú de Cinema e vídeo, entre outras.

“A abertura será em São Luis no dia 20. Em seguida, a caravana Sacola segue rumo a Alcântara, e prossegue nos demais dias em localidades de grande importância, em todo esse processo: as comunidades quilombolas, principalmente as afetadas pela Base de Lançamento de Alcântara”, explicou Jean.