Maranhão

Projeto acolhe famílias de detentos do interior do Maranhão

O projeto, que existe há 7 anos, é mantido com muitas dificuldades pela missionária Ilene de Fátima Rodrigues Rubin

Reprodução

Acolher as famílias de detentos que, em dias de visita no Complexo Penitenciário São Luís se deslocam de suas cidades, no interior do Maranhão, para a capital, é a missão da Casa de Apoio Jesus Cristo Liberta, localizada no bairro Pedrinhas, em São Luís. O projeto, que existe há 7 anos, é mantido com muitas dificuldades pela missionária Ilene de Fátima Rodrigues Rubin que, desde 2008, realiza trabalho de evangelização nos presídios do estado.

O imóvel, que possui aproximadamente 40m², atende não somente as famílias de apenados do interior do Maranhão, mas também de outros estados do país como, por exemplo, Piauí e Pará. Atualmente duas famílias estão hospedadas na casa, uma do Piauí e outra da cidade de Buriticupu, distante cerca de 417 km de São Luís.

“Nós recebemos famílias, principalmente, do interior do estado. A casa é de passagem, ou seja, as pessoas permanecem por tempo determinado, geralmente durante duas semanas. Nós ajudamos como podemos essas famílias, mas tem sido difícil a manutenção do projeto”, contou a missionária Ilene.

Para se hospedar na casa de apoio alguns pré-requisitos, segundo a irmã Ilene, como ela é conhecida, são levados em consideração. Uma das exigências é não ser usuário de drogas ilícitas. Não fumar nas dependências da casa é outra. “São regras simples que devem ser respeitadas para que haja harmonia no local”, afirmou a irmã Ilene.

Apesar dos esforços para manter a Casa de Apoio, esta não tem sido uma missão fácil. O local carece de vários recursos e, inclusive, está na iminência de ter a energia elétrica cortada por falta de pagamento. Com a fiação elétrica exposta e a pia da cozinha quebrada, a estrutura da casa não oferece muita comodidade aos seus hospedes que passam dificuldades até mesmo para se alimentarem.

“Graças à atitude solidária da irmã Ilene nós temos um lugar para ficarmos, mas não é fácil. Às vezes não temos nem o que comer e passamos muitas dificuldades. Ainda bem que a irmã consegue, muitas das vezes por meio de doações, nosso almoço e janta”, contou uma das moradoras, a dona de casa Jessiane Sousa, de 26 anos, que está no local com os três filhos menores.

Mobilização

Um grupo de integrantes da Cooperativa de Trabalho e Serviço do Maranhão (COOTRASEMA) esteve no local, conheceu as dependências do imóvel e suas reais necessidades. Em virtude da situação, os membros da cooperativa, juntamente com o grupo “Recomeçar”, formado por egressos do sistema prisional e equipe multidisplinar composta por psicólogo, assistente social e outros profissionais, têm se mobilizado para ajudar a reestruturar a Casa de Apoio que precisa de doações como alimentos, roupas de adultos e crianças, móveis, eletrodomésticos, panelas, talheres, copos, colchões, livros, material escolar, material de limpeza, brinquedos, filtro de água e outros produtos.

André Barreto, um dos coordenadores da cooperativa, disse que mutirões de voluntários estão sendo organizados para garantir a reestruturação da Casa de Apoio Jesus Cristo Liberta. “Estamos organizando juntamente com o integrantes do grupo Recomeçar mutirões de voluntários para limpar, pintar, organizar, enfim, reestruturar a Casa de Passagem”, pontuou André.

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