Caso Brunno Matos

Julgamento dos acusados de matar advogado deve durar até a madrugada

Sessão começou na manhã desta quinta-feira (2), e deve entrar noite adentro depois de ouvidas as testemunhas e interrogados os três réus

Bruno Mattos/Reprodução

O julgamento dos três acusados de envolvimento na morte do advogado Brunno Eduardo Matos Soares e tentativa de homicídio do irmão dele, Alexandre Matos, e do amigo Kelvin Kim Chiang, iniciado na manhã desta quinta-feira (2), no Fórum Desembargador Sarney Costa, deve entrar noite adentro depois de ouvidas as testemunhas e interrogados os três réus.

A sessão ocorreu no auditório do Fórum Desembargador Sarney Costa, no bairro do Calhau, em São Luís, foi presidida pelo juiz titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri de São Luís, Gilberto de Moura Lima. O julgamento contou com a presença massiva de pessoas ligadas ao Direito, de conhecidos e amigos das famílias das vítimas e dos acusados, de curiosos e da imprensa.

As duas vítimas, Alexandre Matos e Kelvin Kim Chiang, afirmaram que os três acusados foram responsáveis pelos crimes. O vigilante João José Nascimento Gomes, 46 anos, primeiro acusado a ser ouvido, sustentou a versão do segundo depoimento dado à polícia em que teria perdido a faca que estava presa à sua cintura no momento em que se abaixou para pegar um animal de estimação.

Após o médico legista Giuliano Peixoto Campelo confirmar questões técnicas constantes da perícia do Instituto Médico Legal (IML), somente no meio da tarde é que foram ouvidos os acusados João José Nascimento Gomes, Carlos Humberto Marão Filho e Diego Henrique Marão Polary. Apesar de a faca ter sido usada no crime, o vigilante afirmou que não viu evento que culminou na morte do advogado Brunno Matos.

Em depoimento inicial à polícia, João José confessou os crimes. Mas durante julgamento disse que essa versão foi orientada por um advogado e que foi coagido por Carlos Humberto Marão Filho a confessar sozinho os crimes.

O segundo réu ouvido foi Carlos Humberto Marão Filho. De acordo com ele, o vigilante João José Nascimento Gomes foi o responsável pelo homicídio de Brunno Matos e também pelas lesões as demais vítimas, porque o viu próximo a elas após sofrer agressão. Carlos Marão também acrescentou que foi coagido por três delegados a apontar o sobrinho Diego Polary como principal responsável pelo crime.

Diego Henrique Marão Polary, 23 anos, o último dos réus a ser interrogado, negou qualquer envolvimento com os eventos da noite em que morreu Brunno Matos. Sustentou a versão de que estava dormindo durante o fato.

Durante o julgamento Polary disse foi vítima dos fatos e acredita que os policias induziram seu tio acusá-lo para atender a vontade da mídia, por onde soube que era suspeito.

Sentença

Em caso de inocência ou condenação dos acusados, a decisão ainda cabe recurso. Julgamento tem previsão para encerrar após meia noite.

Entenda o Caso

O advogado Brunno Eduardo Soares Matos, de 29 anos, foi assassinado a facadas na madrugada do dia 6 de outubro de 2014, após a festa de comemoração do senador eleito Roberto Rocha (PSB), realizada no comitê de campanha do candidato, no bairro Olho-d’Água, em São Luís.

O irmão dele, Alexandre Soares Matos, e o amigo Kelvin Kim Chiang, também foram lesionados. O crime teria sido resultado de uma discussão por causa do som alto da festa. De início Carlos Humberto Marão Filho foi aprontado como principal suspeito do crime. No dia 16 de outubro, o vigilante João José Nascimento Gomes assumiu a autoria do assassinato. Depois alegou ter sido coagido por um advogado a assumir a autoria do crime.

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