Susto

Kitesurfistas ficam horas à deriva na orla de São Luís

O Imparcial conversou com um dos kitesurfistas que ficaram presos em alto-mar; segundo ele, tudo não passou de um susto

Reprodução

Cinco kitesurfistas ficaram cerca de duas horas e meia à deriva na orla de São Luís, no fim da tarde desta sexta-feira (27). Em entrevista ao O Imparcial, um dos atletas que ficou preso em alto-mar afirmou que o grupo sabia do risco de praticar o esporte durante o clima chuvoso, mas que o tempo estava limpo quando os cinco entraram no mar.

“A gente ‘caiu’ lá na praia do Olho D’água. Eu fui o primeiro do grupo a sair da água. Quando procurei o Corpo de Bombeiros, eles disseram que a lancha estava sem combustível. Eu me ofereci para pagar o combustível, mas eles disseram que não tinham carro para transportar a lancha. Foi quando os bombeiros disseram que iam ligar para o GTA. Enquanto isso, fui para perto da água ficar observando meus amigos para quando a ajuda chegasse, eu já saber direcionar o resgate. Depois de um tempo, mais um dos meus amigos conseguiu sair da água, e só depois os bombeiros chegaram com o bote da Guarda Municipal”, explicou o atleta, que se identificou apenas pelo apelido de “Pink”.

Questionado sobre os momentos de tensão em alto-mar, Pink afirma que o grupo é treinado para lidar com esse tipo de situação. “Não chegou a bater ‘pânico’ em nenhum momento. A gente sabe o que faz. A gente fez um curso de kitesurf e aprendemos técnicas de autorresgate. A gente usa colete, o kite flutua e cada um segurou no seu kite”, disse.

De acordo com o atleta, o tempo de chuva fez os ventos que movimentavam o kite pararem. “Quando a nuvem apareceu, o vento parou. Quando voltou já foi puxando a gente para trás. A gente tentou sair, mas sentimos dificuldade. Nessa hora que a gente se assustou. Só consegui sair logo da água porque larguei meu material e fui para areia nadando. O pessoal que ficou na água ficou segurando o kite”, explicou Pink.

Nenhum dos kitesurfistas que ficaram à deriva na orla da capital maranhense se identificou. Segundo Pink, todos fazem parte do grupo de kitesurf “Repelentação”. Na ocasião, não houve registro de afogamentos.

Sobre a falta de combustível na lancha de resgate, relatado pelo atleta, O Imparcial entrou em contato com o Corpo de Bombeiros, que disse que a operação de resgate foi bem-sucedida. Veja a nota na íntegra:

O Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA) informa que atendeu três ocorrências envolvendo sete kitesurfistas, em três pontos da orla de São Luís (São Marcos – 3 vítimas, Calhau – 3 vítimas e Olho D’Água – 1 vítima). As operações foram realizadas em conjunto, com o apoio do Batalhão de Bombeiros Marítimo (BBMar), Centro Tático Aéreo e Guarda Municipal.
As vítimas foram retiradas do mar com vida e sem gravidades.
O CBMMA esclarece, ainda, que as operações foram bem sucedidas e que não houve desaparecimento ou situação semelhante, de nenhum membro da corporação do BBMar.
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