CASO MARIANA COSTA

Negar crime com veemência: uma verdade ou mera estratégia?

A defesa de Lucas se sustenta na falta de prova cabal para ligar ele ao assassinato da jovem.

Pelos sinais iniciais, já se conhece a estratégia de defesa de Lucas Porto, acusado de matar a jovem publicitária Mariana Costa. Por meio dos seus advogados ele nega veemente a autoria do crime. Tudo indica que irá sustentar a versão de que não matou a jovem. Pelo menos por enquanto. Ele está preso preventivamente. Nesta terça, a defesa tentou o relaxamento de sua prisão, que foi negado.
Lucas prestou depoimento. Deu versões, negou com clareza a autoria, mas deixou perguntas sem respostas. Disse que retornou à casa – ele esteve lá duas vezes, segundo a investigação – para conversar com a cunhada sobre assuntos de família. E ainda atacou a estrutura de segurança do prédio onde ela morava, no Turu. Deu a entender que qualquer um poderia entrar no prédio, no apartamento e cometer o crime.

A defesa de Lucas se sustenta na falta de prova cabal para ligar ele ao assassinato da jovem. Por enquanto, fortes evidências levam a polícia a apostar que ele é, pelo menos até aqui, o único suspeito de tirar a vida de Mariana Costa. A mais forte delas: Lucas foi o único a estar no apartamento na tarde de domingo, no período em que ocorreu o crime.

Perícia revelou que ela morreu entre 15h e 16h, mesmo espaço de tempo que o suspeito esteve por 40 minutos no nono andar do edifício Garvey Park. Pelas câmeras pôde-se ver ele entrando e depois deixando o apartamento correndo pelas escadas, balançando a cabeça de forma negativa, numa demonstraram clara de que algo errado tinha acontecido.
Segundo a policia, após sair do apartamento ele tomou uma série de medidas para apagar evidências que o ligavam à cena do crime. Deletou histórico do celular, a localização recente, ultimas ligações e conversas. Lucas também sumiu com a roupa que usou quando entrou no apartamento da vítima. E não explicou à polícia onde ela foi parar. Além disso, se negou a ceder imagens de monitoranento do seu prédio para ajudar nas investigações, mesmo sendo síndico e cunhado da vítima.
A polícia tem agora dois objetivos primordiais: encontrar a prova que desbarate qualquer dúvida sobre a autoria do crime – o que poderá vir com os últimos exames da perícia – e entender a motivação para o assassinato. O por quê de um crime brutal ainda é mistério. E precisa ser revelado o quanto antes.
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