FINADOS
Feriado com pouco fluxo de viagens para o interior
Segundo a PRF, o fluxo de veículos que devem passar pelo Estreito dos Mosquitos, amanhã, não será muito maior que o normal
O feriado de Finados é dedicado a homenagear ou prestar condolências e orações às pessoas que já partiram. No estado existem aquelas pessoas que, mesmo morando na capital, têm familiares e pessoas próximas que estão enterradas em cemitérios dos municípios mais distantes, e que nesse período se dirigem até essas cidades para fazer orações e prestar homenagens a estas pessoas.
“Como o feriado é de um dia só, geralmente a gente não faz operação. Nesse caso, que é quebrado, no meio da semana, não há uma operação específica, assim como não precisou haver para eleições”, Antônio Noberto, assessor de comunicação da PRF
Este ano, porém, o feriado de Finados, que cai no meio da semana, não deve ser de estradas cheias e engarrafamentos na saída da cidade. O assessor de comunicação da Polícia Rodoviária Federal, Antônio Noberto, conta que a expectativa da PRF é de que o número de pessoas que saiam da cidade não supere o fluxo habitual, não havendo a necessidade de uma operação específica para a data.
“Como o feriado é de um dia só, geralmente a gente não faz operação. Nesse caso, que é quebrado, no meio da semana, não há uma operação específica, assim como não precisou haver para eleições. A PRF aumenta o contingente de policiais sempre quando existe um aumento do fluxo, mas já se tem uma noção dos dias em que realmente o fluxo aumenta. Para a terça e quarta não é esperado um movimento muito grande em relação ao normal”, explica Antônio Noberto. Todos os dias saem da capital entre 6 e 8 mil veículos. A quantidade não deve superar o número de 9 mil veículos que devem se dirigir aos municípios do interior do estado.
É preciso atenção
Para as pessoas que viajarão em veículo próprio, a atenção deve ser redobrada para que infrações como a de não acender os faróis – obrigatórios em rodovias – passem despercebidas, levando em conta que essa lei ficou suspensa por um período e agora volta a valer.
Outro cuidado que o motorista deve ter é com infrações que antes tinham um valor e que a partir de hoje (1º) passam por um aumento considerável nessa cobrança, como dirigir falando ao celular ou sem cinto de segurança.
Antônio Norberto destaca que a PRF não fará uma operação especificamente para esse novo regulamento, e que com o tempo as mudanças na legislação se incorporará em todo o estado. “A PRF fez uma operação de conscientização quando a lei do farol baixo entrou em vigor no dia 7 de julho, talvez se for preciso se faça uma nova operação já que muitas pessoas deram uma relaxada por conta dessa lei ter sido suspensa e agora voltou”, conta Antônio Noberto.
Poucas vendas de passagens
Na rodoviária de São Luís as empresas das linhas de ônibus que fazem viagens para o interior do estado também registram uma tímida procura por passagens nesse período. Segundo o vendedor de uma empresa, Jharlei Silva, comparado ao ano passado, o feriado deste ano não deve ser de grandes lucros para as empresas, pois as vendas não vêm tendo um crescimento nem em feriados mais rentáveis.
“Este ano tá na mesma. As vendas estão com um número bem abaixo do esperado e nem deve ter um crescimento. Nem nos feriados em que o número geralmente é maior não teve aumento este ano, como Dia dos Pais, por exemplo”, afirma Jharlei.
Ele acredita que por ser um feriado no meio da semana influencia na baixa procura, mas afirma também que o período de crise financeira tem feito com que muitas pessoas cortem gastos como viagens. “Acho que são dois fatores que influenciam nessa procura pequena, ser no meio da semana e muita gente trabalha, mas também essa crise, que está deixando todo mundo sem dinheiro e apertando os bolsos”.
Dênia Nogueira já antecipou a compra da passagem de sua mãe, Maria das Dores que tradicionalmente viaja para nesse período para acender velas no túmulo onde o marido está enterrado. Esse ano ela passará pelos municípios de Cantanhede, onde está o marido e de Pirapemas onde sua mãe, avó de Dênia que faleceu a um ano está enterrada.
“Meu pai já faleceu há 16 anos, e todos os anos minha mãe vai visitar o seu túmulo nesse período. Este ano, ela também vai primeiro a Cantanhede e na volta vem por Pirapemas no túmulo da mãe dela, que é perto”. Ela lamenta que não poderá acompanhar a mãe, já que o feriado caiu no meio da semana, “O feriado no meio da semana é um pouco ruim, porque minha mãe vai perder aula para poder ir. Eu também já fui com ela outras vezes, mas este ano não vou poder por conta das obrigações do dia a dia”.
Sobre os preços das passagens de ônibus, Denia diz não ter percebido grande diferença, só reclama da qualidade dos veículos que fazem o transporte. “As passagens até que não são tão caras, mas esses veículos são péssimos, não oferecem nenhum conforto e são todos velhos”.
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