MOVIMENTAÇÃO

Dia de Finados marcado por missas e homenagens

Cemitérios ficaram lotados desde a manhã desta quarta-feira, na celebração ao Dia de Finados.

Nem o sol forte e o calor afastaram milhares de pessoas de homenagear seus entes queridos no Dia de Finados. Em todo o Brasil, ontem o dia foi de intenso movimento nos cemitérios. Na capital não foi diferente. Desde as primeiras horas da manhã, parentes e amigos lotaram os cemitérios para rezar, levar flores, acender velas, enfim, visitar o túmulo de pessoas que já deixaram a vida terrena.
Na verdade a movimentação, de acordo com Maria Helena Damous Estrela, administradora do Cemitério do Gavião, foi grande desde os dias que antecederam o finados. Muita gente aproveitou para mandar pintar ou limpar o túmulo, até mesmo prevendo que o dia 2 estaria lotado.
“Nós estamos prevendo que pelo menos 20 mil pessoas passe por aqui durante todo o dia. Mas estamos com efetivo da polícia militar dentro e fora do cemitério para garantir a ordem, corpo de bombeiros – porque a movimentação é muito grande na capela, muita vela acesa-, e também com os funcionários da SMTT (Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte) para organizar o trânsito”, afirmou Maria Helena.
Acostumada a fazer a visita ao túmulo de seu pai todos os anos sempre antes do feriado para evitar o aglomerado de gente, a comerciária Ana de Jesus Brandão disse que este ano, por conta do trabalho, não pode ir ao cemitério antes e teve que enfrentar uma multidão ao chegar no cemitério do Gavião. “Infelizmente é muita gente pra visitar seus parentes, então tem que enfrentar mesmo e ter paciência”, comentou.
Um dos motivos também para a aglomeração no cemitério do Gavião foram as missas celebradas durante todo o dia, às 7h, 9h e às 17h. Esta última celebrada pelo Bispo Dom Belisário. As missas foram organizadas pela Legião de Maria. “É sempre bom celebrar, rezar pelos que já se foram. Rezas e oração nunca são demais e já que estamos aqui, assistimos à missa logo”, comentou o professor Eudes José da Silva.
Comércio
Quem não comprou vela ou flores antecipadamente, ao chegar ao cemitério não ficou sem adquirir, pois nas portas desses locais foram montadas verdadeiras feiras ao ar livre onde se vendia de tudo, desde os artigos religiosos, como velas e terços, flores, coroa de flores, até chapéus, diversos tipos de comida, água, roupas, sapatos e acessórios do vestuário.
“É que a gente tem que aproveitar a aglomeração de pessoas e a gente sempre consegue vender um pouquinho”, comentou a vendedora de água de coco, Maria Raimunda Soares.
Vendedores de flores artificiais ou naturais afirmaram que as vendas estavam bem satisfatórias, embora os clientes reclamassem dos preços. “Eles reclamam um pouquinho, mas acabam levando”, comemorou Maria José dos Santos que vendia coroa de flores.
Homenagem

O vai e vem de pessoas solitárias, ou mesmo famílias inteiras saudosas e tristes perpetuam a tradição católica da reverência aos mortos. Particularmente nesse dia as pessoas enfeitam os túmulos com flores, acendem velas e muitas mandam rezar missas pelos parentes que perderam. É um dia muito triste, pois através das homenagens feitas, as pessoas voltam a sofrer a dor da perda, entristecendo-se e chorando por saudade.

“Por mais que o tempo passe, a dor da perda é muito grande. Eu venho aqui todos os anos duas vezes por ano e todas as vezes choro muito. Sinto muita falta dela”. Quem disse isso foi dona Conceição de Maria Vieira Silva, 66 anos, funcionária pública, sobre a amiga e quase irmã Maria da Graça de Bragança, falecida há 2 anos. Dona Conceição foi morar na casa dela quando tinha 10 anos, desde então, virou pessoa da família e sente muita gratidão por tudo que fizeram por ela.
“Eu fui a primeirinha a chegar aqui. Venho no dia da morte dela e no dia de finados, trago flores, vela. Sinto muita saudade dela”, disse emocionada.
Congestionamento
Engarrafamento próximo ao Cemitério do Gavião - Centro (Karlos Geromy/O Imparcial)

Chamou atenção o trânsito para o acesso ao cemitério do Gavião que estava complicado logo na avenida das Cajazeiras, passando pela rua do Passeio e entorno. Quem resolveu ir ao local pela manhã encontrou um pouco de dificuldade para estacionar. Mesmo problema para quem foi ao cemitério Parque da Saudade, no Vinhais.

A Secretaria Municipal de Trânsito Transporte (SMTT) disponibilizou agentes de trânsito para os pontos de maior fluxo de trânsito, a exemplo das vias no entorno dos cemitérios do Gavião (Centro), Parque da Saudade (Vinhais) e Cemitério do São Cristóvão. As equipes de agentes iniciaram a operação desde as 6h da manhã até o final do dia.
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