EDUCAÇÃO

Aeronáutica nega ITA no município de Alcântara

Informação de que Campus do Ita estaria vindo para o Maranhão foi negada pelo Comaer.

O Comando Militar da Aeronáutica negou, em nota exclusiva a O Imparcial, a instalação de um campus do Instituto Tecnológico da Aeronáutica nas proximidades do Centro de Lançamento de Alcântara nos próximos anos. Segundo o COMAER, “Ainda não há definição sobre a instalação de um Instituto Tecnológico de Aeronáutica no Maranhão”.
Em nota, o COMAER explicou que “atualmente existem dois termos de cooperação técnica e acadêmica entre o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), a Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e a Universidade Federal do Maranhão (UFMA)”.
O primeiro termo com a UEMA previa o apoio do ITA na implantação de uma turma especial para o curso de pós graduação Mestrado Profissional em Engenharia de Computação e Sistemas – Área de Concentração em Computação Aplicada. Em comunicado publicado na última semana, a UEMA afirmou estar recebendo inscrições para o mestrado em Sistemas Computacionais Aplicados à Engenharia Aeroespacial. Segundo a Universidade, o mestrado “é fruto de uma parceria da UEMA com o ITA via cooperação entre o Governo do Estado do Maranhão (SECTI/UEMA/FAPEMA) e a Aeronáutica (DCTA/ITA/CLA)”.
Já o segundo acordo prevê a cooperação com a UFMA, onde o ITA colaboraria com a estruturação de um curso de graduação em Engenharia Aeroespacial. Segundo a UFMA, o acordo de cooperação ainda está em discussão, sendo necessário tempo para que isso se estruture.
Segundo a Assessoria de Comunicação da UFMA, o acordo está em discussão necessitando de acertos, já que a Universidade não disporia de infraestrutura para receber o curso de graduação já em 2017. O coordenador do curso de Bacharelado em Ciência e Engenharia, José Renato de Oliveira Lima, que está à frente das negociações para a implantação do curso de graduação do ITA, afirmou que ainda não há “uma definição”, sobre a realização de processo seletivo e início de turma no próximo ano. “O curso está em construção. Se o governo federal aprovar recursos para infraestrutura e pessoal então teremos, mas oficialmente não há nada definido. Estive em reunião com o comitê, e nossa última discussão foi justamente sobre isso. Entendemos que a bancada maranhense esteja empenhada, mas recursos de fato nós ainda não temos”, contou o docente.
Entretanto, segundo o professor do Departamento de Engenharia Elétrica da UFMA, Alan Kardec Duailibe, a assessoria de comunicação do parlamentar José Reinaldo Tavares, autor do projeto que pede a instalação do ITA no Maranhão, teria lhe repassado informações sobre o processo seletivo e início das aulas. O docente declarou que a Universidade está apenas esperando a decisão do MEC se as aulas terão início no primeiro ou segundo semestre de 2017. “Neste momento estamos negociando com o Ministério da Educação a data de início. A UFMA está preparada com todo projeto, só esperando a decisão do MEC”, disse.
Bancada federal disponibiliza R$ 60 milhões
O deputado federal José Reinaldo, afirmou, em entrevista exclusiva a O Imparcial, que o ITA no Maranhão funcionará nas instalações da UFMA, no Campus do Bacanga, em São Luís, já em 2017. “O ITA nasceu desta forma, antes de ter uma sede. A UFMA está preparada para receber o Instituto. É uma grande universidade com mais de 100 doutores. Todo o currículo já está aprovado pelo ITA de São José dos Campos, e os professores da UFMA receberão treinamento. Está tudo preparado”, contou o deputado. A afirmação foi refutada pela UFMA.
O parlamentar afirmou ainda que bancada federal do estado assinou a disponibilização de recurso no valor de R$ 60 milhões para a instalação de um campus com salas de aula, laboratórios e alojamentos para alunos e professores em Alcântara em dois a três anos.
Para José Reinaldo, a vinda do ITA seria a abertura de toda uma nova realidade no ensino e pesquisa no Maranhão, além do ponto de partida para colocar o Brasil no protagonismo tecnológico-espacial, ao lado de países como Estados Unidos, Rússia e China. Para isso, um projeto ambicioso está em andamento: a reativação do Programa Espacial Brasileiro, “em ciclo completo”, segundo José Reinaldo.
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