Na tarde desta segunda-feira, dia 24, entidades estudantis ligadas ao Instituto Federal do Maranhão (IFMA) realizarão o “Esquenta” para a mobilização que deve ocorrer toda a terça, com momento cultural, apresentações musicais e esclarecimentos sobre a ocupação do IFMA Centro. A manifestação terá como bandeiras a luta contra a PEC 241 e também contra a reforma do Ensino Médio.

Na manhã de hoje professores, alunos e servidores administrativos da Universidade Federal do Maranhão aderiram à onda de manifestações em todo o país contra a aprovação da PEC 241, que versa sobre uma nova condução das verbas para os serviços públicos. Para os manifestantes a PEC 241 também é conhecida como “Pec da Morte”.

O secretário-geral da Associação dos Professores Universitários do Maranhão – Apruma, Welbson Madeira, destacou que a manifestação faz parte de um levante realizado em todo o país. “Estamos convencidos que esta PEC desmonta os serviços públicos, sob um pretexto de crescimento econômico. Na verdade, o que ela faz é reduzir a verba dos setores que a população mais demanda: Saúde e Educação”.

Além da Apruma, participaram da manifestação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de 3º grau no Estado do Maranhão – Sintema, Sindicato dos Bancários, Central Sindical e Popular – CSP Conlutas, Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica – Sinasefe, Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Estado do Maranhão – Sindsep e Sindicato dos Trabalhadores do Judiciario Federal – Sintrajufe.

A aprovação da PEC será votada pela segunda vez nesta terça-feira, dia 25 de setembro. “Já como uma espécie de preparação a PEC vai haver uma redução de verbas para o ENEM. Hoje, a nossa universidade (UFMA) já sofreu um corte de mais de 20% em verbas e várias obras estão paradas, inclusive da Biblioteca Central. Essa PEC significa que além de termos menos alunos, estes terão menos condições”, acrescentou Welbson Madeira.

A PEC 241 propõe que, a partir de 2017, as despesas primárias da União fiquem limitadas ao que foi gasto no ano anterior corrigido pela inflação. Ou seja, em 2017, a despesa em termos reais (isto é, descontada a inflação ocorrida em 2016) ficará igual à realizada em 2016. Por sua vez, em 2018, o limite anual será o teto de 2017 acrescido da inflação, em 2017. E assim por diante, enquanto a PEC estiver em vigor.