SAÚDE

Pendências impedem convênio com a Santa Casa, diz secretária

De acordo com Helena Duailibe, em relação ao Hospital da Criança, as UTIs oferecidas pela Santa Casa são de uso adulto e não UTIs Pediátricas e Neonatais

O credenciamento de leitos de UTI da Santa Casa por parte de rede municipal de saúde foi um dos assuntos abordados durante visita da Comissão de Direito à Saúde da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Maranhão (OAB-MA) ao Hospital Odorico Amaral de Matos, o Hospital da Criança, nessa terça-feira, dia 25.
A secretária municipal de Saúde de São Luís, Helena Duailibe, em entrevista a O Imparcial contou que durante a visita da OAB, a diretora-geral do Hospital da Criança, Silvana Helena Serra, foi questionada sobre o porquê dos leitos de UTI da Santa Casa não estarem sendo credenciados para funcionar como retaguarda para as unidades de saúde públicas. “Nós então informamos à Comissão que temos na secretaria um ofício de solicitação de credenciamento para UTI adulto e não UTI Pediátrica e Neonatal”, esclareceu a secretária.
De acordo com a gestora da SEMUS, desde o mês de abril ofícios foram reiterados, por meio da Superintendência de Avaliação e Controle, em razão de pendências documentais da Santa Casa para habilitação das UTIs. “A solicitação que existe na secretaria, e que não foi para frente por pendências que existem na Santa Casa, é de UTI adulto”.
Uma reunião foi agendada para a próxima semana, onde a secretária Helena Duailibe se colocou à disposição da Comissão da OAB-MA e de todos os órgãos que quiserem se fazer presentes, inclusive o Ministério Público para esclarecer a cobrança de convênio dos leitos para desafogar o Hospital da Criança.
O diretor da Santa Casa de Misericórdia do Maranhão, Abdon Murad, está viajando, e por isso, não foi encontrado para tratar do assunto.
Crise na Santa Casa
Um dos principais problemas enfrentados pela Santa Casa de Misericórdia do Maranhão é a falta de verba para cobrir os custos da manutenção de serviços essenciais e para a aquisição de material cirúrgico. Em julho, a direção da unidade de saúde anunciou a demissão de 80 profissionais por conta da diminuição no número dos pacientes que eram trazidos de outras instituições para a Santa Casa e, com isso, o Sistema Único de Saúde (SUS) diminuiu também a verba destinada aos serviços.
Com a crise, a administração teve que recorrer à população para a doação de alguns itens como materiais de atendimento hospitalar básico e alimentos. Sem recursos, já foram desativados vários setores do hospital, a unidade de saúde conta com a estrutura de uma UTI toda montada, mas os equipamentos instalados, que são muito caros, estão parados e se deteriorando.
O hospital mantém a campanha para não parar de vez, embora o prédio comporte oito pavilhões, somente uma pequena parte ainda funciona com ajuda de doações, cada vez mais raras.
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